Cariocas que tomaram AstraZeneca na primeira dose podem escolher receber Pfizer na segunda

Daniel Soranz afirmou que a Prefeitura tem muita segurança de que a vacinação heteróloga, com dois fabricantes diferentes, é positiva

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Imagem meramente ilustrativa | Foto: REUTERS/Dado Ruvic

Nesta quarta-feira (18/08), durante entrevista ao “Bom Dia Rio”, na TV Globo, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que quem tomou a vacina da AstraZeneca na primeira dose pode pedir para receber Pfizer na segunda.

Soranz disse que, depois que a Secretaria Estadual de Saúde autorizou o “mix de vacinas” nas cidades que estão sem estoque da vacina, existe a possibilidade de escolha para os cariocas.

Nós temos muita segurança de que a vacinação heteróloga, com dois fabricantes diferentes, é positiva. Essa intercambialidade pode ser feita sem problema nenhum, está liberada em todas as unidades de saúde”, disse.

No entanto, o secretário pontuou que há estoque de AstraZeneca suficiente para a aplicação da segunda dose no município.

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Terceira dose

O mix de vacinas também deve acontecer em relação à aplicação da terceira dose nos idosos. Isto porque o reforço deverá ser da vacina da AstraZeneca ou da Pfizer. Ou seja, os idosos poderão tomar uma nova injeção de uma das duas marcas, mesmo tendo recebido duas doses da CoronaVac, por exemplo.

A cidade do Rio de Janeiro vai aplicar um reforço da vacina contra a Covid-19, ou seja, uma terceira dose em idosos na Ilha de Paquetá, como parte do estudo “PaqueTá Vacinada”. A aplicação do reforço na ilha está prevista para ocorrer ainda este mês.

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1 COMENTÁRIO

  1. Daniel Soranz está fazendo política e não gestão de saúde pública. Infelizmente, é o que se assiste nesta pandemia: Negacionistas versus Politicagens Pseudocientíficas. Há que se buscar equilíbrio científico e eficiência de gestão das políticas públicas, sobretudo, as de saúde, no transcurso desta pandemia covid. A ¹intercambialidade vacinal (¹misturar doses vacinais com IFAs diferentes) ainda não é um consenso científico mundial e a OMS tem solicitado prudência em fazê-la. A ciência chegou de forma inédita às vacinas, que temos disponíveis até o momento, para o combate á pandemia de covid19 e prevenção de reinfecções futuras pelo Sars-Cov-2. São pouco mais de ano e meio de pandemia e cerca de seis vacinas aprovadas mundialmente, pelas agências reguladoras e vigilância em saúde, portanto ainda muitos caminhos científicos à percorrermos. Intercambiar vacinas não “escolhas” individuais, mas critérios científicos que as gestões de saúde pública devem analisar se viáveis, nos vários aspectos que norteiam uma gestão, e nunca politicamente a maior premissa a seguir. Os debates sobre intercambialidade vacinal estão só começando, em conjunto com os que inquirem se devemos aplicar doses de reforços e/ou terceiras doses no efetivo enfrentamento à covid19. Mesmo as vacinas disponíveis não têm concluídos os estudos sobre efetividade e eficácia delas e entre elas, portando, a atenção deve se ater a eficiência que se atingiu, até o presente momento, na diminuição da letalidade e melhora no quadro geral da morbidade, sobretudo, na diminuição da ocupação de leitos de alta complexidade, nas redes públicas e privadas, por todo o mundo. Portanto, neste momento, intercambiar vacinas pode ser entendido como precoce e motivado por interesses políticos locais. Vacinar não é escolha individual, mas responsabilidade coletiva, de cidadãos, autoridades e gestores públicos. Soranz, se equivoca ao enviesadamente estimular mais “concierges” de vacinas. Se for necessário o intercâmbio entre doses de vacinas, aprovadas pela ANVISA, que o Ministério da Saúde faça essa gestão, em parceria com a ANVISA, a OMS/OPAS, e as agências reguladoras de saúde internacionais, confiáveis e parceiras do Brasil. O que se lê na OMS é que temos que ampliar a cobertura mundial de vacinação covid até cerca de 70% da população global, o que se está muito longe no mundo, e no Brasil. Aqui, no Brasil, estamos com cerca de 23% da população imunizada, com duas doses ou dose única da Janssen. Temos que acelerar isso, e não pensar em intercambialidades, reforços e/ou terceira doses, até que atinjamos a meta prioritária dos setenta porcento de vacinados, na população brasileira. Soranz, é da Fiocruz, e deveria estar sintonizado com a instituição a que serve, e essa está imbuída em superar suas dificuldades produtivas, seja pelas deficientes entregas do ²IFA (²ingrediente farmacêutico ativo), pelas farmacêuticas internacionais, ou as dificuldades internas relacionadas à infraestrutura, logística e déficit de quadros técnicos especializados, para acelerar a disponibilização da vacina AstraZeneca Oxford/Fiocruz no país. Com efeito, temos a Coronavac (Sinovac/Butantã) que segue sendo a vacina que mais capilaridade tem entre os brasileiros, por todo o território nacional. Concluo, minha opinião, sem nenhum prurido com o colega, Daniel Soranz, reiterando que anúncios desses às mídias mais prejudicam que complicam o enfrentamento à covid e mais confundem que orientam à população a se vacinarem sem se preocuparem com marcas de vacinas. Peço profissionalismo ao Soranz, que deixe a política para o prefeito Eduardo Paes, e para os políticos, atuando de forma competente e prudente na gestão do SUS municipal, da cidade maravilhosa. Att. Marco Paulo Valeriano de Brito – Enfermeiro-Sanitarista – Professor/Pesquisador em Saúde Coletiva – Gestor do Desenvolvimento de Pessoas e do Trabalho, e Servidor Público Aposentado do Ministério da Saúde.

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