A Comissão de Segurança Alimentar da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) anunciou uma série de ações para fortalecer as Cozinhas Solidárias e combater a insegurança alimentar nas favelas do estado. Durante uma audiência pública realizada nesta última terça-feira (27/05), a Comissão revelou planos para capacitar voluntários que atuam nessas cozinhas, focando nos editais do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Além da formação, a Comissão propôs reconhecer as cozinhas dos povos de terreiro, valorizando sua cultura alimentar e papel no combate à fome. Para isso, será criada uma premiação oficial da ALERJ para essas cozinhas. Outras ações incluem o acompanhamento das cozinhas pelos Conselhos de Segurança Alimentar, apoio das Secretarias de Assistência, e a organização de atividades para troca de experiências entre cozinhas e agricultores.
Segundo o IBGE, mais de 400 mil domicílios no Rio de Janeiro enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave. Atualmente, existem 302 cozinhas solidárias no estado, das quais 136 estão funcionando normalmente, 98 operam com capacidade parcial e 68 estão paralisadas.
O Programa Cozinha Solidária, criado pelo governo federal em julho do ano passado, por meio da Lei 14.628/2023, foi regulamentado em decreto de março deste ano e tem por objetivo fornecer alimentação gratuita e de qualidade à população, preferencialmente às pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social, incluída a população em situação de rua.