Edifício inteiro que foi sede da CBF, com 10 andares, é vendido na rua da Alfândega

O imóvel, no Centro, tem 10 andares, será a nova sede do CRECI-RJ e assistiu ao furto da Taça Jules Rimet, nos anos 80. A reocupação da região é uma tendência crescente e tem se refletido no fechamento de diversos negócios imobiliários

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Antigo prédio da CBF é vendido ao Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (CRECI-RJ). Será sua nova sede.

A corretora Sergio Castro Imóveis finalizou a operação de venda do antigo prédio da CBF, com 10 andares, ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (CRECI-RJ). O espaçoso edifício fica na Rua da Alfândega, número 70 e está localizado a poucos metros da Avenida Rio Branco. A propriedade, portentosa e com 17m de frente, sobre pilotis, estava vazia há muitos anos, e sua última ocupação havia sido como sede da Defensoria Pública da União no Rio.

Os valores da transação não foram revelados, mas o edifício será a nova sede da autarquia que congrega os profissionais corretores de imóveis do estado, um pleito antigo que há anos era buscado por sucessivas administrações do CRECI-RJ, que funciona hoje num andar comercial na avenida Presidente Vargas, e segundo informações não tinha muito espaço para prestar toda a gama de serviços que fornece aos profissionais da intermediação imobiliária. O imóvel pertencia a uma administradora de bens próprios.

O imóvel, claro e ventilado, está em bom estado de conservação, com pisos em porcelanato e banheiros em granito, precisando de uma boa limpeza“, disse ao DIÁRIO Lucy Dobbin, superintendente de vendas da imobiliária, que tem realizado diversos negócios na região do Centro nos últimos meses. “A região central está se recuperando muito rápido. Em pouco tempo, finalizamos a venda do Edifício Serrador, a antiga sede do Itaú em São Cristóvão e a nova sede do Sescoop na Rua da Assembléia, 11. A quantidade de empresas e investidores optando por apostar na área tem até nos surpreendido. A atuação da prefeitura e da subprefeitura do Centro tem sido vital para atrair estes investimentos“, comemora.

O ritmo de reocupação da região central, após a decadência dos últimos anos, vem impressionando até mesmo os que não acreditavam nos méritos do projeto ReviverCentro.  Depois da locação da antiga agência principal da Caixa Econômica Federal, com 4.000m2, na esquina da Almirante Barroso, à rede de magazines Casa da Mamãe por um fundo imobiliário no último dia 30 de novembro, e da inauguração da mega-loja Vivian Festas na avenida Passos, mais um grande ator do mercado de varejo resolveu aportar no Centro do Rio, o Tubarão Atacadão. Todos os casos resultaram na ocupação de imóveis de grandes dimensões vazios há alguns anos.

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O subprefeito do Centro do Rio, Alberto Szafran, que tem ficado famoso pelo apelido de “xerife do Centro”, comemorou a reocupação do que chamou de “um imóvel expressivo“: “este é também o resultado de um trabalho sério da Prefeitura em prol da recuperação da região. As novas residências trazem novos investidores, os novos investidores trazem mais e mais pessoas para trabalhar por aqui, e a reputação do grande Centro já começa a melhorar; trata-se de um ciclo virtuoso. Temos ouvido os moradores, proprietários e comerciantes da região para buscar atender mais e mais aos anseios da comunidade“.

O prédio da rua da Alfândega foi palco de vários momentos bastante marcantes na história do futebol brasileiro, enquanto ocupado pela CBF. O então prédio-sede da então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) foi inaugurado na década de 1960 pelo presidente João Havelange e foi lá que o então técnico João Saldanha deixou o comando da seleção brasileira, às vésperas da Copa do Mundo de 1970, no México.

Na década de 1980, um evento muito triste: o prédio foi invadido e os ladrões roubaram a Taça Jules Rimet, que era de ouro maciço. O Brasil havia conquistado o direito de ficar com a valiosa taça em definitivo depois de conquistar três mundiais (58,62 e 70). A CBF fez depois uma réplica, que está na sua sala de troféus, na nova sede da confederação na Zona Oeste.

Nesse prédio também, no ano de 1997, o polêmico Ricardo Teixeira articulou uma grande virada de mesa no Campeonato Brasileiro, impedindo que Fluminense e Bragantino fossem rebaixados para a segunda divisão. Mais recentemente, pouco antes da Copa de 2002, o técnico Luiz Felipe Scolari quase foi agredido na porta da entidade ainda na rua da Alfândega por torcedores que reivindicavam a convocação do atacante Romário.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Tive que parar de ler a matéria após o depoimento do Sub-prefeito do Centro: ” este é também o resultado de um trabalho sério da Prefeitura em prol da recuperação da região.” Kkkkkk Voce ta s@canagem sub-prefeito!! Vocês mandaram fechar o Centro inteiro na pandemia, mandaram esses proprietários ot@rios continuarem pagando IPTU nas nuvens com imooveis vazios, agora promovem a venda de 3 ou 4 saletas pra fazer o marketing de que tudo está voltando como era antes e gracas a Prefeitura???!!! Quer ajudar sub-prefeito?? Faz o seguinte então… pega todos os funcionarios publicos que estao em casa até hoje, brincando de home office, e manda todo mundo voltar pras reparticoes!!! Fazendo isso, voces ja ajudam muito a minimizar a prezepada que voces comandaram na pandemia, e ajudam os empresarios e comerciantes a pagar esse IPTU extorsivo que voces, sem vergonha nenhuma na cara, pararam de cobrar em monento nenhum em consideração aos empresarios que estão no vermelho ate hoje!!! Olha bem esse prédio da materia… era da CBF e estava alugado pela sede da defensoria publica da uniao no Rio de Janeiro. Pq a Defensoria publica nao ocupa mais este predio?? Pra onde foram os funcionarios publicos que trabalhavam neste prédio antes do CRECI comprar?? Veja bem, felicito a compra pelo CRECI, acho muito bom para o bairro e muito benvinda com mais movinento para região. Mas seria interessante a matéria ser melhor redigida para que possamos nos sintonizar. Os funcionarios da Defensoria Publica deste prédio saíram do prédio na pandemia e não retornaram mais foi isso? É preciso mostrar que existem categorias de funcionarios publicos que estao permanentemente em casa, seja de home office ou trabalhando de forma híbrida. Isso precisa ser trazido à luz dos contribuintes, do povo pagador de impostos, pra saber aonde está a maquina pública. Entramos numa fase nebulosa onde as reparticoes públicas ou tiveram seus escritorios fechados de vez ou estão trabalhando com 6 duzia de gatos pingados revezando presencial. Virou uma bandalha que contamina o setor privado a fazer o mesmo. Acreditem em mim, essa recuperação do Centro e o resto da area comercial da cidade é muito tênue perto do estoque de imoveis comerciais vazios pelo Centro, Tijuca, Botafogo e tantos outros. Conversei com corretores na região da barra da tijuca semana passada que me informaram que proprietarios de lajes comerciais e lojas estão alugando seus imóveis só pelo valor de IPTU , condomínio e taxas, sem nenhun aluguel, simplesmente porque não estão aguentando mais bancar os imoveis vazios. Isso se replica pela maioria da Cidade, em todos os bairros. Escutem com atenção, enquanto perdurar sistema de trabalho hibrido e home office, a economia da cidade vai continuar empobrecendo. Estão destruindo o ppuco que restou de comércio e serviços após a pandemia, e esse efeito é cascata para o restante da economia. Não adianta a prefeitura tentar fingir que a situação está melhorando e não faz sua parte. A cidade já virou uma cidade zumbi por conta desse home office, voce não vê movimento nas ruas, o dinheiro não circula. Como reflexo disso, as empresas que aderiram ao home office estão sentindo isso, refuzindo salarios, benefícios. É preciso que a economia volte a girar, vocês (prefeitura) mandaram fechar e disseram “economia a gente vê depois”. Acontece que vocês não acordaram ainda, estão levando na galhofa enquanto essa cidade zumbi afunda na pobreza. Vamos ver como isso vai terminar. Só não façam o povo de idiota dizendo que o setor imobiliário está “voltando”. O empresário e o povo sabe muito bem que está muito longe disso acontecer, ainda mais com o setor público não fazendo sua parte para que aconteça.

    • Digitou muito assim como defecou muitas fezes pelos dedos! Por pensamentos como esse, ainda estaríamos telefonando pelo orelhão, conversando por carta e andando a cavalo! Melhor servir de figurante em museu!

  2. “Prefeitura pagará ‘aluguel’ de lojas para atividades culturais na área da Praça XV”. Meu Deus, cadê o TCMRJ???? Cadê a fiscalização da CMRJ??? Prefeitura pagando aluguel para terceiros, quem serão estas entidades culturais? E usando dinheiro do contribuinte, inacreditável como pode tudo com o Dudu “nervosinho” Paes, ninguém segura, além de imobiliária, a prefeitura do Rio é locadora de imóveis.

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