86% dos pequenos negócios que buscaram crédito bancário na crise não conseguiram, segundo levantamento do SEBRAE.
Na pandemia, ter recursos para custear as despesas enquanto o negócio está fechado define qual empresa vai sobreviver. Ao final deste período, muitas empresas vão falir, gerando enorme desemprego, por não terem encontrado apoio no sistema financeiro.
Elas não conseguem crédito por diversos motivos e a concentração bancária, com a falta de concorrência, deve ser considerada um fator muito importante neste contexto.
Os 5 maiores bancos do país, (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) concentraram 80,7% das operações de crédito em 2019 e a rentabilidade do setor cresceu pelo 3º ano consecutivo, atingindo 16,5% de retorno sobre o patrimônio líquido, segundo dados do BC divulgados ontem.
Não há interesse em reduzirem as margens ou em ousarem emprestar dinheiro para aquele cliente que não tem tantas garantias, pois todos os bancos já ganham muito como estão, sem correrem riscos.
É por isso que, no mês passado, em teleconferência com investidores, Paulo Guedes disse que somos “200 milhões de trouxas explorados por 6 bancos”.
Certamente, a concentração bancária é algo que o Brasil precisa resolver para ser mais produtivo e o caminho é por meio da tecnologia com o apoio do Governo para mais instituições financeiras surgirem, tendo menor custo operacional e levando o acesso ao crédito mais barato a todos os cantos do país.
