A Gol Linhas Aéreas anunciou um aumento significativo de 34% na oferta de assentos no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, no primeiro semestre de 2025, comparado ao mesmo período do ano anterior. Essa expansão, impulsionada pelas restrições impostas ao Aeroporto Santos Dumont em janeiro de 2024, coloca o Galeão como o segundo maior hub da companhia em termos de assentos por quilômetro, atrás apenas de Guarulhos.
“O Galeão é central para a nossa estratégia de reestruturação para os próximos cinco anos“, afirmou Celso Ferrer, CEO da Gol. A companhia busca fortalecer sua presença no Rio, transformando o Galeão em um hub para voos para o Cone Sul, Nordeste e conexões com voos internacionais de empresas parceiras como American Airlines, Air France, Aerolíneas Argentinas e TAP. Atualmente, a Gol opera voos diretos do Galeão para cerca de 30 cidades, incluindo quatro destinos internacionais: Buenos Aires, Córdoba, Rosário e Montevidéu.
A estratégia da Gol também inclui o fortalecimento de suas operações em Guarulhos e Brasília, este último servindo como hub para a região Norte e Centro-Oeste do país. Ferrer destacou o sucesso da política de restrição de voos no Santos Dumont, que resultou no aumento da demanda por voos internacionais no Galeão e no fortalecimento do aeroporto como um importante centro de conexões.
Com 23 aeronaves de uma frota total de 120 dedicadas a voos de e para o Rio de Janeiro, a Gol reforça seu compromisso com a cidade. A companhia, que detém 56% da oferta doméstica no mercado carioca e 43% da oferta total de assentos no Rio, vê com preocupação a possibilidade de ampliação da capacidade do Santos Dumont, o que poderia comprometer a estratégia de consolidação do Galeão como hub.
Em relação à fusão com a Azul, Ferrer confirmou que as conversas estão em andamento com a holding controladora da empresa, a Abra, mas negou rumores sobre dificuldades financeiras da Gol e a necessidade da fusão para evitar uma possível quebra. “Vamos sair do Chapter 11 de forma independente. E nosso plano de reestruturação independe de uma eventual fusão“, afirmou o executivo.