O lançamento do novo empreendimento residencial Epicentro, localizado no Porto Maravilha, surpreendeu até o mais otimista dos corretores: em apenas 20 dias, foram vendidas 400 unidades. O Epicentro foi lançado no dia 27 de janeiro pela Cury Construtora, que já havia lançado outros 3 empreendimentos na região, que também venderam “como água”, no linguajar dos profissionais de vendas: só da Cury, já foram vendidos nada menos 4158 apartamentos ali. Uma pequena cidade.
O novo residencial terá 954 apartamentos, divididos em duas torres de 28 andares, além de lojas no térreo voltadas para a rua, que trazem uma novidade: uma galeria que atravessa o quarteirão entre os dois sentidos da Via Binário do Porto. Serão 27 espaços para prestação de serviços como, por exemplo, lojas, restaurantes e padarias, constituindo o primeiro Mall – Centro Comercial – da região.
Essa foi a resposta da construtora paulista – naturalizada carioca, brincam os executivos do mercado imobiliário – ao argumento simplista de que” no local não tem comércio”. “Pra ter comércio, tem que ter morador, comerciante vai onde o morador público-alvo está. Mesma coisa quando se fala em escola: sem o aluno que possa pagar a mensalidade na vizinhança, as escolas não abrem; mas já tem vários grandes grupos educacionais procurando e visitando imóveis na região. É uma questão de tempo. Posso adiantar que os três maiores grupos educacionais do país já visitaram conosco imóveis onde podem instalar unidades na região”, dispara Rodolfo Rique, coordenador executivo da Sergio Castro Imóveis, que gerencia centenas de lojas e prédios comerciais na área. Segundo ele, não é a história entre o ovo e a galinha; “é mais a história entre o milho e a galinha”, dispara, com lógica.
O empreendimento fica bem no coração do Santo Cristo, justamente onde a prefeitura tem apostado todas as fichas no chamado Hub Maravalley, que deve se tornar um grande polo de tecnologia empurrado pelo Porto Maravalley, assim como fica ao lado do Instituto de Matemática (IMPA). A locomoção é facilitada pelo ponto do VLT.
O Epicentro terá opções de estúdio, 1, 2 e 3 quartos com varanda, na Avenida Professor Pereira Reis, no Santo Cristo. A área de lazer conta com rooftop, piscina, playground e espaços para beach tennis, fitness externo, brinquedoteca, salão de festas, espaço gourmet, espaço zen com sauna, fitness, oficina, coworking, delivery, lavanderia, pet care e bicicletário. Os apartamentos custam a partir de 250 mil reais, e as unidades maiores podem chegar a 700 mil.
Os corretores estão realmente animados. Wallace Poubel, profissional que trabalha na comercialização de unidades da Cury no Porto desde o primeiro lançamento, vê uma mudança na forma que o grande público vê a região: ”antes eu via o público preocupado se a região realmente iria para frente, e agora a preocupação maior é “Será que é tarde demais para eu aproveitar esse projeto?”. Pudera, são 4 centenas de famílias investindo na idéia de infraestrutura, beleza e modernidade do Epicentro. “Uma frase que eu gosto muito de dizer para meus clientes é “O Porto não é mais uma aposta, quem não aproveitar hoje essa oportunidade, daqui a algum tempo vai ter que estar disposto a desembolsar bastante para viver todas as maravilhas que o Porto tem a oferecer”, completa o intermediador imobiliário.
Os executivos da Cury comemoram. “Este é o nosso sexto lançamento no Porto Maravilha, uma região que a gente apostou e que vem crescendo cada vez mais. Esse empreendimento tem uma marca e dá uma virada importante nesse projeto do Porto pois, além do residencial que já trouxemos nos outros lançamentos, teremos o mall. O Porto ganha vida como bairro, com serviços. Daqui a pouco as pessoas vão passar por aqui e vão ver um bairro novo na cidade”, afirma o vice-presidente da Cury, Leonardo Mesquita, que confessou à reportagem estar surpreso com a velocidade das vendas.
Ninguém duvida da surpresa do executivo; mas parece uma surpresa bem feliz e até planejada, pois a Cury já comprou mais outro terreno na região, conforme noticiamos aqui. A empresa adquiriu o terreno do antigo hospital e maternidade Pro Matre, na esquina da Avenida Venezuela com a Barão de Tefé, onde deve sair mais um empreendimento, quase colado na sede da L’oreal e no Vista Guanabara, edifício corporativo que é sucesso total: o prédio da GTIS está praticamente lotado de empresas, com apenas um andar disponível pra aluguel.
Em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO RIO, o vice-presidente Comercial da Cury falou ano passado sobre o grande crescimento da empresa no Rio de Janeiro e os novos desafios do mercado imobiliário no pós-pandemia, assim como do grande sucesso obtido no Porto Maravilha.
Além da Cury, a construtora mineira Emccamp também conduz neste momento um mega lançamento na área portuária, nas proximidades da rodoviária. Parece que agora só falta os construtores cariocas descobrirem a região. Se sobrar alguma coisa pra eles.
Observando a contrariedade de alguns comentários e suas opiniões diversificadas, fico pensando o quanto deve ser difícil a gestão pública. Caso as supostas autoridades administrativas pensem num determinado grupo, suas ações geram detrimento com os interesses de outro grupo. Deve mesmo ser difícil gerir tantos interesses.
Vejo o projeto Porto Maravilha como uma grande obra para o crescimento da região como um todo e como uma grande oportunidade para pessoas interessadas em buscar qualidade de vida, seja estar mais próximo do trabalho, seja estar em uma região interessante para futuros negócios ou seja por outro motivo qualquer. Fato é que independente de posição econômica, em minha ótica, existe ali a possibilidade de revolução urbanística de uma área abandonada há décadas conjuntamente com o enriquecimento de uns, a melhoria de vida de outros e àquela velha história do “vitimismo dos menos favorecidos” (que passam a vida toda esperando que o governo lhes dê o que comer, o que vestir e onde morar). Para quem acredita no empreendimento local, torço para que dê tudo certo! Abs.
O governo municipal e estadual fazendo a sua parte, tentando revitalizar uma área importante, tanto historicamente, quanto economicamente, que está praticamente abandonada a décadas e vem um monte de sabe tudo, criticar e encher o s@co. Bando de gente chata…. Só sabem reclamar…
O governo municipal e estadual fazendo a sua parte, para revitalizar uma área importante, tanto historicamente, quanto economicamente, e vem um monte de sabe tudo criticar e encher o saco. Bando de gente chata do caralh…. Só sabem reclamar…
Se é tudo tão ruim como ficam tagarelando, dêem uma solução melhor para a região então. Se não tiverem solução melhor, é melhor ficar calado.
Quer uma solução melhor? Os terrenos vazios e ociosos deveriam ser usados pelo poder público para construção de CASAS (e não prédios) dignos, com toda infraestrutura de habitação, direcionados para população de baixa renda ou que residem em áreas de risco, além, é claro, para a população sem local algum apara habitar.
O transporte urbano que atende ao local (VLT e linhas de ônibus) deveria ser melhorado e barateado, para atender a quem realmente precisa e tem poucos recursos.
Ao invés de SÓ oferecer incentivos para grandes grupos econômicos se instalarem na região, por que não um programa de empréstimos de pequenos valores, com juros baixos, para incentivar os pequenos empreendedores das áreas próximas, gerando trabalho, renda e movimentando a área?
Da maneira com a coisa é feita, fica claro que a revitalização da área é para atender APENAS a quem pode pagar para ter acesso a moradia digna, trabalho, lazer e descanso. O que está acontecendo nesta área da cidade é uma repetição do que já aconteceu muitas vezes: um processo de gentrificação, de favorecimento de uma classe em detrimento de outra, que se vê excluída e forçada a viver de improviso, gerando o caos urbano.
Ou mudamos essa lógica de favorecimento só de alguns, ou o monstro não vai parar de crescer.
Um dos grandes problemas de quem trabalha no centro da cidade é o deslocamento. Só sabe quem passa… São perdidas 2 ou mais horas no trânsito só para chegar no trabalho no centro da cidade. Sem contar o acesso a zona sul. Essa é uma excelente oportunidade para aquisição de imóvel sem ser necessário se descapitalizar com grande valor de ato, uma vez que a entrada é parcelada em até 30 meses. Como em muitas regiões que eu vi crescer, como Barra e Recreio, a oportunidade está para quem acredita. A diferença para os outros bairros é que nele já existe já existe a mobilidade e os serviços básicos. Mais uma vantagem em vista de quem acreditou em regiões que nem iluminação tinha…Quer conhecer mais? Fale comigo!
Excelente Cristina. Concordo plenamente.
A cidade tem uma área abandonada há décadas com armazéns decadentes, ruas desertas e quase nenhuma moradia no trecho. Trecho esse que é turístico e importante pra economia. No lugar de comemorar a revitalização e ocupação, as pessoas preferem criticar a tal “especulação”, que existe no mundo todo e ninguém deixa de construir por isso, ou criticam o fato da região ter problemas, o que é óbvio, ou então não estariam investindo pra recuperar. Essa indignação na hora de destruir manguezal na Barra ninguém tem, mas a má vontade com o Porto é explícita. Difícil de entender as vozes do atraso.
Especulação não deveria existir em lugar nenhum. Temos que combatê-la até eliminá-la. Naturalizar a especulação é naturalizar a pobreza.
Se depender da prefeitura, da força do governo estadual e da cupinxaria…..as comunidades do entorno e sua mazela social permaneceram sem solução sujeitas ao domínio do tráfico com seu comércio e “cultura” sexualizada, sem projetos de reerbunização e sem política habitacional, sem projetos de educação decente e qualificação profissional…e retomada do território das mãos do crime que hj são os parceiros coitadinhos. É esse desleixo q causa a desigualdade e não o sucesso de empreendimentos.
Esse crescimento é positivo e seria mais ai da promissor se a linha 5 do metrô Galeão X Santos Dumont (Galeão – Fundão – Cid. Universitária – Caju – Vasco – Feira Nordestina – Novo Rio – Santo Cristo – Gamboa – Harmonia – Praça Mauá – Candelária – Praça XV – Santos Dumont) saísse do papel.
E dá-lhe especulação imobiliária! Palmas para o enriquecimento de uns e o empobrecimento de muitos. Palmas!
As construtoras cariocas? Foram pulverizadas pela operação lava-jato, do tal do Bretas, que agora está sendo desmascarado, depois dos coleguinhas Moro e Dallagnol. O Estado do Rio foi arrombado e saqueado para o crime organizado e as igrejas (unha e carne) tomarem conta de tudo. Agora, tem muita gente torcendo para os gringos virem aqui e escolherem alguns de nós que eles achem mais “bonitinhos” para levar com eles e deixar morar no país deles, enquanto continuam o saque e a exploração do resto que ficar. É a nossa sina maldita!
E ainda tem gente achando ruim q o crime organizado e a parte promíscuo do capitalismo monopolista foi vítima da justiça…..pelo amor de Deus abre os olhos…é a mesma organização q andou de mãos dadas para destruir o Rio de Janeiro. Essa relação promíscua que permite o empobrecimento de uns e não o enriquecimento de outros q empobrece.
Ou vc ainda acredita q a organização criminosa é padrinho dos pobres aí da???
Todo mundo sabe que não são as famílias que precisam morar perto do trabalho que estão comprando esses imóveis, 90% deles no mínimo estão sendo comprados por investidores que colocarão no Airbnb ou deixarão vazios por algum tempo aguardando a valorização que acontecerá naturalmente com os futuros investimentos no bairro…
Cara interessante isso… não acho uma boa localização não, maaass…. quem comprar de costas pra baia vai ficar com a vista da providência (q no momento n está em guerra, mas pode voltar a estar). Do outro lado a bela vista da baia… mas calma, ali é o porto po, param cruzeiros enormes ali, mó barulhao, será que a vista vale o barulho?! Além do mais, aquela área é muito vazia fora dos horários comerciais, sem contar os cracudos… A prefeitura disse que pretende revitalizar toda a área, será que cabe um voto de confiança? Não sei… veremos no que isso vai dar… espero que dê certo!
Tudo friamente calculado. Ninguém apurou a fundo sobre moradores expulsos da região, desapropriação da prefeitura entregando os terrenos a preço de banana para essas construtoras que agora vão lucrar bilhões!