Enquanto a Prefeitura tenta manter o Jardim de Alah, na divisa de Ipanema e Leblon, atraente para uma Parceria Pública-Privada, moradores reclamam muito da desordem e barulho na região, em especial, nos últimos seis meses. Caminhões barulhentos – de lixo principalmente – e música a todo volume na Cruzada de São Sebastião, conjunto habitacional do Leblon que acabou se tornando uma espécie de favela vertical, tem tirado o sono dos vizinhos. “Os caminhões da Comlurb fazem um barulho que parece que está caindo o mundo e sempre de madrugada. Vai até às 4h da manhã. Não há paz. Fim de semana ainda tem a Cruzada com som alto e [reclamar] nunca dá em nada. Pagamos IPTU na faixa de R$ 10 mil e nada se resolve. Tenho vizinhos que estão comprando remédio para dormir e até uma paciente terminal de câncer, que não consegue descansar. É desumano. São uns seis meses sem sossego”, denuncia uma moradora, que não quis se identificar por medo. E são diversas as queixas no mesmo sentido, e os pedidos de anonimato de moradores da valorizada região.
Este ano, a Prefeitura do Rio lançou um edital para concessão do Jardim de Alah para uso via concessão por 35 anos. A área fica entre três dos bairros com metros quadrados mais caros do Rio e atualmente é usado como área de lazer de pessoas e cães. A área também tem algum uso para turistas quando recebia o Festival de Presépios em época natalina. Em geral, é mesmo subutilizada e em nada lembra à época dos passeios de gôndolas com charme e glamour.
De acordo com a Subprefeitura da Zona Sul, o projeto de concessão do Jardim de Alah vai oferecer uma nova ocupação para o espaço, visando a modernização, a revitalização e a boa gestão de toda a área do Jardim, e devolverá à população os espaços eventualmente ocupados para outros fins, além de potencializar uma maior integração paisagística entre os bairros de Ipanema e Leblon. “A licitação, que está marcada para o próximo dia 18, vai contribuir para tornar o ambiente mais atrativo para realização de ações sociais ao ar livre, prática de esportes e atividades físicas, além de proibir o uso do espaço urbano concedido para outros fins não previstos no contrato de concessão”, explica o subprefeito da Zona Sul, Flávio Valle.
Já a Secretaria Municipal de Conservação informa que mantém um canteiro de apoio do Asfalto Liso no Jardim de Alah, visto que as máquinas e equipes executam os serviços diretamente nas vias públicas da cidade, durante o horário noturno. Na área do Jardim de Alah, já foram beneficiadas as avenidas Epitácio Pessoa e Borges de Medeiros. No momento, não há fresagem nessa região.
A Comlurb também negou que são deles os caminhões de lixo que estariam incomodando de madrugada e garante que a Companhia não realiza carga nem descarga no local à noite.
Sobre o som alto na comunidade Cruzada São Sebastião, a Subprefeitura da Zona Sul respondeu que acionou a Secretaria de Ordem Pública (Seop) para atuar na situação.
Este jornal só fala da Zona Sul , garanto que a maior parte dos jornalistas deste jornal não sabem onde fica a Pavuna ou Honório Gurgel.
Quero ver como será feita a ação de controle urbano na Cruzada e se vai funcionar.
Pois é. Isso é o que vive todo o Rio e Grande Rio, onde pessoas não tem nem os tais 10 mil pra pagar de IPTU, nem infraestrutura, nem segurança, nem paz, nem nada. Absolutamente nada.
No Rio de Janeiro, quem quer paz tem que sair. Simples assim. Este estado é amaldiçoado de alguma forma, pois estamos todos na vanguarda do atraso em todos os aspectos.
Se um dia o Rio foi exportador de boa cultura, hoje, a impressão que dá é que só há o pior tipo de gente, já que são esses os que mais aparecem. A música é um lixo, os bailes são nojentos. As ruas são o caos, a sujeira impera, a criminalidade avança impiedosamente.
Para os formadores de opiniões socialistas que moram na Zona Sul e estão passando por isso, a culpa para além dos políticos de 5a categoria, a culpa também é de vocês, pois, se esse lixo social não é combatido e punido, é porque vocês querem soluções de varinha de condão, que precisariam de séculos pra se concretizarem, sendo que o problema é agora. Não dá pra esperar.
Independente do nível social do indivíduo:
* sujou, tem que limpar, ou será multado, ou preso.
* fez barulho incomodando a vizinhança, tem que abaixar na hora o som, ou ter o equipamento apreendido e caso faça gracinha, cadeia.
* tráficou ou roubou, cadeia por longo tempo e sem brechinhas na lei. Valendo o mesmo para os milicianos, que se espalham cada vez mais pela cidade, sem nada a temer
* a empresa que recolhe o lixo deverá orientar seus funcionários a não fazerem escândalo durante a coleta, sob pena de demissão sumária em caso de denúncia.
Enfim, nada mais justo do que o bandido que inferniza, também seja infernizado, para que suma do convívio dos decentes.
Embora eu concorde com 90% do que foi dito por você acho que na parte das punições (Tolerância Zero) teria que ser combinado com o pessoal da esquerda e com o judiciário caso contrário , será uma utopia.
Concordo com algumas coisas, discordo de outras.
A exigência de silêncio tem que valer também para as igrejas evangélicas, pois música alta e gritaria, não importa o dia e a hora, são incoerentes com o propósito de reflexão e intimismo de um serviço religioso. As vezes eu desconfio que o deus desses caras é surdo.
É necessária uma revisão drástica e urgente das leis do tráfico de drogas. Condenar jovens a anos de prisão por porte de pequenas quantidades de narcóticos é sadismo. Encher penitenciárias sem oferecer nelas condições dignas de existência só alimenta as facções de crime organizado.
Espero que você não esteja falando apenas dos pequenos roubos que acontecem nas ruas, mas também dos grandes magnatas, que dão calotes e cometem fraudes milionárias. O exemplo recente dos três caloteiros do apocalipse é bem ilustrativo.
Como fazer a coleta de lixo durante o dia, evitando assim o transtorno do barulho noturno? Somente com a criação de pontos fixos de descarte de lixo pelos bairros da cidade, e, principalmente, com uma mudança profunda nos hábitos de cada cidadão e de cada estabelecimento comercial no manejo diário de seu lixo; sacolas de lixo empilhadas nas calçadas em frente à cada casa e à cada prédio NUNCA MAIS. Paralelamente, é preciso também mudar a lógica de uso de veículos particulares; a coleta de lixo é feita à noite justamente para não tumultuar mais ainda o tráfego. Menos carros nas ruas trariam também este benefício colateral: os caminhões de coleta poderiam circular em horários menos inconvenientes.