Nova favela está sendo erguida entre Santa Teresa e Cosme Velho

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Extamente onde o bairro de Santa Teresa encontra o Cosme Velho, uma grande invasão está sendo montada, erguendo no local uma favela. Muitas construções, na altura da Avenida Almirante Alexandrino, próximo ao Corpo dos Bombeiros do bairro de Santa, já estão prontas.

Um grande muro em volta da nova favela que surge foi erguido, servindo de base para as novas casas ilegais que estão sendo levantadas.

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“Muitos imóveis de luxo, localizados na região, como o empreendimento do Largo do Boticário, por exemplo, que fica no Cosme Velho, podem perder o valor em meio à construção dessa nova favela na cidade do Rio de Janeiro”, diz Claudio Castro, diretor da Sergio Castro Imóveis.

Bem próximo à nova favela estão residências de alto valor financeiro da Rua Senador Pedro Velho, além do citado Largo do Boticário, comprado pela rede de hotéis Accorhotels por cerca de R$ 12 milhões para a construção de um hotel de luxo, que já teve as obras iniciadas. O Largo, inclusive, fica exatamente à frente das construções ilegais.

As construções ilegais da nova favela, provocando desmatamento de Mata Atlântica, vêm preocupando outros donos de imóveis na região, que fizeram um movimento para alertar as autoridades sobre esse tema. A área invadida é privada. As devidas denúncias já foram feitas. No entanto, as autoridades ainda não fizeram nada para resolver o problema.

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Detalhes dos locais próximos de onde a favela está sendo erguida

O terreno invadido tem cerca de de 20.000 metros quadrados, totalmente planos. Ou seja, há ainda muito espaço para construções irregulares caso as autoridades não façam nada.

 “Essa situação é kafkaniana. Esse terreno, que é em aclive, teve a frente, na Rua Cosme Velho, subindo para Santa Teresa, desapropriada pela Prefeitura para a construção do ponto de ônibus do Cosme Velho. O terreno sobe, mas lá em cima não há capacidade para desenvolvimento, por conta da legislação, da questão ambiental. Teria sido melhor se a Prefeitura tivesse desapropriado tudo. É um caso em que a Prefeitura prejudica, diretamente, o cidadão. É caso de ação na Justiça. E o que acontece, nessa invasão, é um exemplo do que vem acontecendo em toda a cidade: a Prefeitura não consegue coibir construções irregulares e nem auxiliar de alguma forma as pessoas que, por necessidade, devido aos problemas econômicos pelos quais passamos, vão morar nessas construções irregulares”, diz o arquiteto e urbanista Washington Fajardo.

Procurada pelo DIÁRIO DO RIO, a Prefeitura do Rio não respondeu os contatos.

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17 COMENTÁRIOS

  1. Antigamente se dizia: No dia que a favela descer…
    Isso já aconteceu…As favelas desceram e invadiram o asfalto, com narcotraficantes e milicianos impondo o mando de senhores feudais.Nas margens das principais vias da cidade do Rio de Janeiro, as favelas estão engolfando bairros populares : Avenida Brasil, Dom Helder Câmara,Linha amarela, linha vermelha e até no Recreio dos Bandeirantes.
    Se a Prefeitura fizer um serio levantamento, vai encontrar inúmeros latifundiários que alugam casas nas favelas . Os Puxadinhos crescem em todos os sentidos, quer para cima, para os lados, invadindo ruas,travessas e becos.
    Creio que nem a prefeitura do Rio sabe quantas favelas tem na cidade do Rio de Janeiro.
    1.000 favelas? 1.500 favelas? São tantas, que a cidade do Rio de Janeiro está virando uma grande favela ilhando uma cidade.
    O mais interessante que nossas autoridades mascaram a falta de planejamento urbano, dando mais atenção as favelas de estimação da Zona Sul, onde está o cartão de visita da cidade.

  2. É fácil culpar os mais pobres pela incompetência das ditas autoridades em desenvolver uam política econômica e de habitação minimamente satisfatória para atender à maioria da população.

    Há pelo menos 30 anos a cidade elege um incompetente atrás do outro para ocupar a prefeitura. Quando o resultado aparece, todos transferem a “culpa” para os mais pobres… No Rio de Janeiro, começou com a estupidificação da prefeitura, passou-se ao governo do estado e agora estreamos a estupidificação em nível nacional… afinal boZOADO é fruto podre dessa cidade…

    Os problemas tem que ser resolvidos quando são identificados! Depois, é chorar sobre o leite derramado. Não há resultado em aplicar remédio depois do óbito.

  3. Grandessíssima novidade esta…

    Estão destruindo incessantemente nossa Montmartre Carioca – Santa Teresa, e ninguém faz nada para conter a fúria assassina destes construtores de barracos pela cidade.

    Se não, vejamos:

    FAVELIZAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

    Este assunto precisa mesmo ser aprofundado.

    Porém é preciso ter em mente a favelização galopante de nossa cidade, embora as favelas repre-sentem hoje o patrimônio de amanhã. Temos quase 50% do povo do Rio de Janeiro vivendo em favelas: alguma coisa está muitíssimo errada nesta cidade !!!

    Na Rocinha, 90% dos moradores não são daqui, mas nós é que temos que arcar com toda esta dificuldade do local, fazer obras, escolas, postos de saúde, prover segurança, quando todos sabemos que ali existia uma parte gigantesca da Floresta da Tijuca colocada abaixo sem dó nem piedade.

    Se no Rio não há emprego nem para quem é qualificado, que dirá para pessoas sem preparo algum – que chegam aos milhares todos os dias na cidade… Estas pessoas com certeza têm muito valor para o Rio de Janeiro, pois ajudaram e ajudam (e muito) a construir a cidade, mas infelizmente transformaram aquela imensa parte da Floresta da Tijuca no imenso favelão que é a Rocinha, com a conivência de nossos supostos pseudo administradores.

    E sabemos bem que becos e vielas nestas comunidades são locais ideias para o esconderijo de bandidos, ajudando na sua proliferação na cidade. E a prefeitura não dá jeito nesta violência sem fim, nesta diferença social interminável, e permite que meia dúzia de bandidos ameacem trezentos mil moradores de bem.

    Acho que se o governo da cidade e do estado do Rio tiver condições de receber dignamente estas pessoas, sua chegada é super bem-vinda. Agora, pessoas de várias partes do Brasil têm vindo morar no Rio sem ter a menor condição de se manter aqui, o que acaba resultando no extermínio desenfreado de nossas florestas, para a construção de barracos (que com qualquer chuvinha vem abaixo – pois construir barracos em cima de terreno de floresta é suicídio). Acho que é preciso atentar para este detalhe…

    E como grande parte destas pessoas têm pouca formação profissional, muitas acabam trabalhando como camelôs e todos sabemos que muitos dos objetos vendidos por eles são fruto de roubos e falcatruas, perpetuando esta indústria do crime, como o roubo de caminhões, por exemplo..

    Devido ao fato desta permissividade por parte de nossos DesGovernos para a construção de barracos, a maioria das áreas outrora verdes de nossa cidade estão sendo dizimadas a olhos vistos, o que está tornando o Rio de Janeiro cada vez mais quente.

    Temos que urbanizar as favelas decentemente, ou acabar com elas… O que não dá é para ficar do jeito que está – até porque aqui no Rio qualquer um constrói o que quer, onde quer e fica por isso mesmo… Só Deus para conter a favelização de nossa cidade, para conter esta fúria assassina contra as áreas verdes no Rio de Janeiro !!!!

    Nos fundos do Hospital da Ordem Terceira da Previdência já está surgindo uma nova favela, na Rua Conde de Bonfim: é uma área linda, super arborizada, que já conta com muitos barracos.

    Mais segurança para o Itanhangá ! Não adianta fazer mais UPPs sem conter a expansão das favelas. Acho que seria bem mais barato retirar esta favela do local e dar uma moradia decente a estas pessoas, do que a manutenção de uma UPP.

    E acho um absurdo como a Prefeitura e o Governo do Estado do Rio tenham permitido a construção de favelas em Santa Teresa (nossa Montmartre carioca), da favela da Rua Santo Amaro – de frente para Santa Teresa e em tantos lugares de forte apelo turístico para nossa cidade.

    Estas favelas no Cosme Velho, no entorno do Corcovado, em cima do Túnel Rebouças, no Rio Comprido, as favelas na Zona Sul e tantas outras precisam ser removidas e os moradores precisam ter casas normais em ambientes saudáveis… A Estrada Grajaú-Jacarepaguá era um luxo, super aprazível, com alguns bons restaurantes e agora tem até passarela para atravessar a estrada e acessar as favelas do local.

    Nossos principais pontos históricos e turísticos estão sendo gradativamente invadidos pelas favelas e consequentemente degradados, pois ficam à mercê deste povo que vem transformando nossa cidade num imenso favelão. E ninguém faz ou fez nada para deter esta favelização do Rio de Janeiro ao longo de décadas – e a Prefeitura do Rio de Janeiro nunca se manifesta a este respeito…

    Que coisa é essa, a Comunidade do Parque da Cidade ? Ali é um local histórico de nossa cidade e esta tal comunidade tem que ser retirada de lá com a máxima urgência.

    É urgente também a retirada deste tal condomínio de luxo com trinta chalés em área de preservação ambiental, pois todos ficam dentro do Parque da Cidade. Isto também é favela, pois foi construída em área de preservação. O Parque da Cidade deve atender ao lazer dos cariocas ou a esta corja de espertalhões que fica fazendo suas casas dentro de uma área de reserva ambiental ?

    E o que se vê é que as comunidades invadiram muitas áreas de preservação ambiental. Hoje este tal Morro do Banco no Itanhangá está se transformando numa segunda Rocinha aqui no Rio. A Rocinha já invadiu as imediações do Parque da Cidade na Gávea. Quem é que vai querer ir a um parque cercado por favelas ?

    Que coisa mais deprimente estes casebres que se constroem no Itanhangá, na Estrada das Canoas, etc… já está virando outro favelão, e ninguém faz ou fala nada.

    Um bom exemplo desta favelização desenfreada de nossa cidade são as comunidades da Muzema e de Rio das Pedras, que crescem numa velocidade indescritível, com inúmeros prédios (quitinetes) devastando uma grande área de Mata Atlântica… Qualquer um é incentivado a construir um puxadinho nestes locais.

    Outro exemplo é a rápida favelização do morro em cima da entrada do Túnel Rebouças, no sentido Rio Comprido-Lagoa, que também já está virando uma nova Rocinha (pela velocidade com que se expande). Quando comecei a reclamar com a Prefeitura do Rio a respeito deste local, havia uns quinze barracos lá: agora são mais de cem. E ninguém faz nada: quando houver uma chuva e tudo vier abaixo, será sempre a mesma lenga-lenga… as desculpas esfarrapadas de que as casas foram construídas nas encostas, sabidamente áreas de risco. Mas a culpa é de quem não fiscaliza e não proíbe estas construções em locais inadequados !

    Enfim, se é para manter estas favelas espalhadas por toda a nossa cidade, por que não existe uma lei que exija o acabamento de tais casas (que coisa horrível estas casas só no tijolo), e outros projetos de urbanização destas áreas ? Onde é que anda o projeto de um grupo italiano que esteve aqui na cidade e fez um magnífico projeto de reurbanização destas favelas ?

    Eu só queria entender… Esta é uma cidade sem lei, jogada às traças e às baratas e ao desGoverno destes palermas, ineficazes e incompetentes que administram a cidade e o Estado do Rio de Janeiro.

    • Tudo vdd , é isto mesmo . Mas se houver QQ movimento governamental no sentido de se remover uma favela , principalmente na ZS , aparecem Defensoria Pública , MST , Profavela , CUFA , PSOL , Pastoral da terra , Voz das comunidades , políticos demagogos . Conclusão , vai ficando tudo como está , e segue o jogo . Mas a ” conta” deste desmando , desta ” zona ” , está chegando , cada fez mais salgada , para os cidadãos pagadores de escorchantes tributos .

  4. Tem incongruência grave nas informações: para começar, o muro já estava construído, segundo fica LONGE de Cosme Velho, muito longe do Largo do Boticário, e terceiro: é vergonhosa a tendência a demonizar a atitude de cidadãos (trabalhadores, então: tb cidadãos de bem) que tem vulnerado seu direito a dignidade e moradia. Eu moro na zona e conheço perfeitamente onde está acontecendo, por sinal: começou faz uns anos.

  5. E vai crescer bem mais , pois as autoridades e órgãos competentes não estão nem aí ! Só que esses tipo de construções levam bandidagem e vão respingar neles tbm .. Pois moram tbm no rio de janeiro e seus familiares tbm.. Depois que a casa estiver arrombada não precisa mais de colocar a tranca.. Sugiro que impeça o quanto antes .. Depois não reclamem…

  6. isso é encomendado. Tem muita gente que vai ganhar $$$ seja com a invasão, seja com as remoções. Há uma indústria da grilagem no mercado imobiliario sustentada pelo “processo legal”… Perde a natureza, o Rio e o cidadão de bem.

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