O Rio de Janeiro está sem governo, é um fato! É salário dos servidores atrasando, é a violência em níveis estratosféricos e o comércio que não se recupera. O estado está acéfalo, temos governador apenas no nome, Luiz Fernando Pezão não governa, ele simplesmente voa até Brasília, nada resolve, volta ao Rio onde continua sem conseguir resolver nada. Bem, parece que quer se aproveitar do cargo o máximo possível para ver se ainda consegue algumas milhas.
Como se não bastasse a clara incompetência de Pezão, ainda temos o forte fator de que o contribuinte fluminense perdeu a confiança em seu nome. Era vice de Sério Cabral (PMDB/Bangu), hoje preso por um número incrível de acusações de corrupção, não só vice como secretário de Obras e dele herdou boa parte dos secretários.
Não é a toa que muitos consideram que o governador Pezão pode cair em 2 meses. Mês que vem serão analisada as contas de 2016 e elas devem ser rejeitadas. Sendo enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal, começa o seu processo de impeachment. É irreversível. O problema é que aí assume Francisco Dornelles (PP) que está com 82 anos e, pior, pode sobrar para o presidente da ALERJ Jorge Picciani (PMDB), que está envolvido na Lava Jato e lutando contra um câncer agressivo.
Alguns acham que isso pode demorar demais, a própria OAB/RJ defende a intervenção federal. Em um editorial de novembro do ano passado já tinha defendido essa bandeira, afinal não há no governo estadual, ou na ALERJ, nem o mínimo sinal de competência necessária para que possamos sair do verdadeiro pântano que nos encontramos no momento. E a situação nestes 6 meses só piorou.
Nunca aconteceu uma intervenção federal em quase 30 anos da Constituição de 1988 e dificilmente acontecerá nos próximos meses. É que para isso o Congresso teria de suspender qualquer projeto de Emenda Constitucional, exatamente a bandeira do Governo Temer. Chance baixíssima.
O Rio poderia se salvar deste peso morto que é Pezão de duas formas, se o TSE julgasse logo a cassação de sua chapa de 2014, o que poderia deixar as portas abertas para uma nova eleição, nem que fosse indireta (e com pressão da sociedade para escolher um nome técnico) ou com um renúncia coletiva do governador e do vice. Mas isso só aconteceria se fossem homens sérios e não me parece o caso.