O que é Civitas, a Central de Vigilância da Prefeitura do Rio que ajudou a polícia a prender sequestrador

A Civitas conta com radares, 3.500 câmeras de monitoramento da Prefeitura do Rio, informações do Disque Denúncia e incorporará no futuro câmeras privadas

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Imagem criada por Inteligência Artificial

Gustavo Oliveira de Souza, de 32 anos, foi preso na última terça-feira (23/07), na Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca. Segundo a polícia, ele é integrante de uma quadrilha que pratica roubos e sequestros relâmpagos na região. A prisão do criminoso aconteceu graças à recém inaugurada Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio à Segurança Pública (CIVITAS) da Prefeitura do Rio.

A Civitas conta com informações repassadas pelo serviço Disque-Denúncia que, com financiamento da prefeitura, voltou a funcionar 24 horas por dia e 7 dias por semana, o que não acontecia desde 2016.

Uma das estratégias de segurança implementadas pelo Civitas é o chamado cerco inteligente, que usará mais de 900 radares capazes de reconhecer placas de veículos, para monitorar o tráfego de automóveis que foram roubados ou que sejam de interesse para a polícia.

Com esse sistema, é possível ver o trajeto feito por determinado carro, a cada momento, já que sua placa será reconhecida pelos radares. Também será possível reconhecer placas clonadas. Além dos radares, são usadas pelo Civitas as 3.500 câmeras de monitoramento da prefeitura, que têm a função de checar intercorrências na cidade, como engarrafamentos, acidentes e manifestações.

As câmeras de monitoramento do COR já são usadas em investigações policiais e na detecção de flagrantes de atividades criminosas. Com a Civitas, no entanto, há sempre agentes específicos monitorando o sistema com foco nesse tipo de vigilância.

Uma vez detectadas atividades criminosas, a Civitas pode encaminhar a ocorrência para algum órgão da prefeitura ou para as forças de segurança estaduais.

Próximo às câmeras, são instaladas placas com a frase “você está sendo monitorado”, que a prefeitura espera ter um efeito de dissuasão para práticas criminosas. A ideia é, no futuro, incorporar câmeras privadas à rede de monitoramento da Civitas.

Casal sequestrado na Barra

No dia 14 de julho, imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que um casal foi abordado por um SUV preto, de onde desembarcaram três homens armados. Os criminosos obrigaram as vítimas a realizar diversas transferências bancárias e a sacar dinheiro por aproximadamente duas horas. O casal também teve o carro roubado.

Através da análise de câmeras de segurança espalhadas pela cidade, a polícia civil descobriu que outros membros da quadrilha utilizaram um carro branco para dar cobertura aos comparsas durante a abordagem ao casal.

Ao analisar essas imagens, nós já tivemos nossa atenção despertada para o comportamento desse carro branco né, em seguida nós arrecadamos imagens dos prédios ao redor e também dos locais onde os saques foram efetivados e através dessas imagens nós verificamos que esse veículo branco também esteve nos locais onde os saques foram realizados. Então nós temos certeza da participação também desse carro na empreitada criminosa. “, disse o delegado Neilson Nogueira, responsável pelas investigações.

Já nesta terça-feira (23), enquanto alguns agentes da polícia civil participavam da Ação Integrada Ordo, eles avistaram o carro branco dos autores do crime, conseguiram abordar o veículo e prender o suspeito, que também estava em posse de um celular roubado. O homem era o condutor do carro e foi filmado por câmeras de segurança de uma drogaria no momento em que obrigava uma das vítimas a fazer os saques eletrônicos.

Na delegacia, ele confessou a participação no crime e deu informações sobre o grupo de criminosos, que é composto por pelo menos cinco moradores da Ilha do Governador.

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3 COMENTÁRIOS

  1. A desconfiança balizada numa linha de razoabilidade é algo que se aproxima da prudência, porém tratar toda uma coletividade como potenciais criminosos, é um preconceito inaceitável, que rebaixa o homem a categoria de animais raivosos.

    Normalmente, um alto grau de confiança anda alinhado à familiaridade. Não obstante a impessoalidade reinante nos centos urbanos, favorecendo a desconfiança, isso não ocorre num tom extremo, pois, do contrário, o convívio seria inviável.

    Ora, se o costume de sair e voltar para casa é orientado pela experiência, ele normalmente é favorecido no pré-julgamento do habitante pela confiança depositada nas pessoas daquela localidade.

    Diante dessas ponderações, a regra da vida em sociedade deve ser pautada pela confiança e não pela desconfiança.

    Porém, estamos vivenciando tempos em que a desconfiança vem tomando de assalto desde as questões de mais minúscula importância até as de maior magnitude, especialmente aquelas em que envolve a segurança pública, servindo-se de câmeras de vigilância numa escala colossal.

    O princípio da boa-fé objetiva talhado na máxima da confiança se converte então na diretriz da desconfiança.

    Qualquer tipo de contratempo é pretexto para que a câmera de vigilância usurpe de um terreno de privacidade mínima que o cidadão aliena contra sua vontade no momento em que ganhe a rua. Parece que o cidadão é tratado como um «invasor» ou um estrangeiro dentro de seu próprio território, mas que não é mais seu a partir do momento em que ele cede sua liberdade ao capricho das câmeras de vigilância em deleite dos burocratas.

    • Gabriel é uma empresa particular de videosegurança. Pode ser contratada por qualquer pessoa, sendo o foco deles condomínios residenciais e corporativos.

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