Preço do aluguel sobe e o de compra e venda de imóveis cai no 1º trimestre do ano no Rio

Pesquisa mostra que segmentos do mercado imobiliário apresentam movimentos diferentes no início deste ano; o destaque ficou na grande valorização do bairro de Santa Teresa

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O mercado imobiliário no Rio de Janeiro observa movimentos divergentes nos segmentos de aluguel e de compra e venda no início deste ano. Um estudo feito pela imobiliária online QuintoAndar, divulgado nesta sexta-feira (14/04), mostra que os preços dos novos contratos de aluguel subiram 4,7% entre janeiro e março, em comparação com os últimos três meses do ano passado. Já o Relatório de Compra e Venda da empresa aponta queda de 6,7% nos preços de compra em comparação com o mesmo período.
 

Segundo o levantamento, parte da queda nos valores médios de compra e venda se deve à redução dos preços em quase toda a cidade. A Zona Norte (-10,9%) teve uma grande queda, e os valores da região do Centro (-4,4%) oscilaram negativamente no primeiro trimestre deste ano, em comparação com os últimos três meses do ano passado. Somente a Zona Sul – mais turística e valorizada – continuou a apresentar uma elevação nos preços, de 2,9%. “A Zona Sul tem tido um excelente índice de velocidade de venda de imóveis; Copacabana e Ipanema estão com o mercado de venda profundamente acelerado“, disse ao DIÁRIO o diretor regional da Sergio Castro Imóveis em Copacabana, André Cyranka.
 

No mercado de aluguel, há um maior espalhamento desse aumento, em virtude da alta procura no início do ano; inúmeros bairros tem tido altas. Em 19 dos 21 bairros analisados, houve alta dos preços no trimestre, em comparação com o fim do ano passado. O destaque de valorização este ano foi o turístico bairro de Santa Teresa, com alta de 13,7%. Chamado de Montmartre carioca e desejado por estrangeiros que se estabelecem na cidade, Santa Teresa tem tido um grande boom de comércio, com a instalação de diversos novos restaurantes e bares, como é o caso do Armazém São Joaquim, que desde sua inauguração fica lotado quase todos os dias. O bairro também tem recebido operações de ordenamento urbano que têm mudado seu panorama, com a remoção de alguns camelôs clandestinos e diminuição da desordem em suas ruas mais turísticas.

Enquanto o aluguel tem apresentado um dinamismo mais duradouro, agora por conta da alta temporada de procura por imóveis, o mercado de compra e venda vem desacelerando em virtude do aumento do custo do crédito no último ano, após uma sequência de três anos de recordes de venda”, explica Vinicius Oike, economista da empresa que fez a pesquisa.

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Segundo o Índice de Aluguel criado pela imobiliária digital, o preço médio do metro quadrado entre janeiro e março deste ano foi de R$ 37,21 por metro quadrado. Isso significa que uma pessoa que tenha alugado um apartamento de 60 metros quadrados desembolsou, em média, R? 2.200 por mês no aluguel, sem contar o condomínio, IPTU e outras taxas. O preço médio de venda no mesmo período foi de R$ 4.792 por metro quadrado. Ou seja, um imóvel com a mesma metragem foi negociado, em média, por R% 290 mil. Os estudos também mostram que as pessoas que estão à procura de uma casa para morar, seja de aluguel ou própria, têm conseguido obter descontos no momento da transação. Os dados indicam que o desconto médio obtido em compra e venda atingiu 4,7% no trimestre, enquanto o percentual de negociação do valor do aluguel ficou em 2,9%.

 

Aumento dos preços de aluguel desacelera
 

Após um ano de 2022 com forte aumento dos preços dos novos contratos de aluguel, 2023 começa com o mercado desacelerando. Os dados mostram que nos primeiros três meses do ano o aluguel subiu 4,7%, em comparação com o último trimestre de 2022 . A alta é ligeiramente menor do que a registrada no ano passado, de 4,8%. Os números não indicam uma retração no setor imobiliário da capital, que mês a mês vem acumulando crescimento. No entanto, mostram um crescimento menor principalmente dos imóveis de um dormitório, responsáveis pela forte alta dos preços no ano passado.

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 Imóveis mais caros

O primeiro trimestre do ano normalmente é marcado por elevações maiores de preços, por conta da sazonalidade. Será preciso observar os próximos meses, mas a expectativa é que o aumento dos preços siga consistente, com taxas mais moderadas”, ressalta o economista. Apesar da desaceleração, quem procurou móvel imóvel no primeiro trimestre deste ano encontrou o preço do metro quadrado 17,3% mais caro do que no ano passado. Por isso, Oike recomenda que a busca por imóveis seja antecipada, pois isso pode implicar em maior economia. “Quanto mais cedo você começa a buscar um imóvel, maior a probabilidade de conseguir um melhor preço e negociar”, conclui Oike.

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