Queda das vendas no Rio no primeiro semestre é a maior da história

Mesmo após a reabertura do comércio, ainda não foi registrada melhora nas vendas do setor

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Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O comércio do Rio de Janeiro registrou queda de 27% das vendas no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019. Essa foi a maior queda da história do setor na capital, segundo análise do Clube dos Diretores Lojistas (CDL Rio) e do Sindicato dos Lojistas do Rio de Janeiro (Sindilojas). Juntas, as duas entidades representam mais de 30 mil estabelecimentos comerciais.

Segundo o presidente do CDL Rio e do Sindilojas, Aldo Gonçalves, o comércio carioca ainda não deu nenhum sinal de retomada depois da reabertura, no último dia 27 de junho, embora algumas cidades do país já apresentem uma pequena melhora nas vendas durante a pandemia. Ele avaliou também que um dos fatores que causou a redução do consumo e que segue afetando o setor é a queda do poder aquisitivo em função do desemprego.

Dentre os mais prejudicados, do ponto de vista da economia, estão os micro, pequenos e médios empresários que se acham na linha de frente das grandes vítimas da covid-19, que passam por momentos dramáticos, lutando desesperadamente para sobreviver. Além disso, a crise econômica é anterior à pandemia. Revela-se no elevado índice de desemprego, assim como na desordem urbana, na violência resiliente, na proliferação de camelôs, nas sequelas da corrupção desenfreada de governos anteriores”, queixou-se Gonçalves.

Ele lembrou que, no ano passado, as vendas tiveram retração de 2,9% em relação a 2018, com resultados negativos em todos os meses (janeiro -3,2%, fevereiro -3,8%, março -4%, abril -3,6%, maio -3,1%, junho -3,8%, julho-3,9%, agosto -2,1%, setembro -2,2%, outubro -2,3%, novembro-1,2% e dezembro -1,5%). 

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Mesmo em dezembro [de 2019], mês do Natal, a data comemorativa mais importante para o comércio, o varejo carioca amargou queda de 1,5% nas vendas”, acentuou.

Segundo ele, a pandemia da covid-19 torna as perspectivas para 2020 ainda menos otimistas. Ele destacou ainda que todas as datas comemorativas do primeiro semestre deste ano apontaram quedas no Rio de Janeiro e que acredita que 2020 não deixará boas lembranças para a sociedade, nem para os setores produtivos. 

Todos estão sofrendo as consequências da crise provocada pela pandemia. Neste cenário, o Rio de Janeiro foi um dos mais atingidos, ao contrário da maioria dos estados que experimentaram alguma recuperação”. 

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1 COMENTÁRIO

  1. Ué… mas isso era óbvio. Nossos governantes (governadores e prefeitos), agiram como ditadores sem pensar num meio termo entre pandemia e economia. Tanto, que até o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom, falou o óbvio recentemente, que as pessoas precisam trabalhar senão poderíamos causar um dano pior que a doença. Adivinhem quem disse isso há alguns meses?
    Dinheiro não cai do céu, simplesmente as pessoas trabalham e movimentam a economia, ou morrem de fome e perdem seus empregos.

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