Na manhã desta quarta-feira (18/08), foi anunciado que o NOVO expulsou o deputado estadual Alexandre Freitas. O motivo seria após reincidência de atitudes do parlamentar que contrariaram o Estatuto e o Código de Conduta do Novo. Ele realmente sempre foi da confusão, negou os 500 mil mortos do Covid, entre outros casos. Mas nada diferente de um deputado que é mais que um liberal, ele é um Libertário.
O Libertário, em um simplismo seria o anarquista de direita, sua inspiração vem na liberdade absoluta do indivíduo. Não é por acaso sua defesa do armamento do cidadão, ter a bandeira da República da Califórnia e sua cascavel “Não Pise em Mim” ou repetir que “Imposto é Roubo“; essa são suas características. E o Novo, que era um refúgio para este grupo, deixou de ser.
A expulsão de Alexandre Freitas, mais por suas opiniões do que por suas ações, é um péssimo sinal do partido que se promete liberal. Discordo de várias opiniões de Alexandre Freitas, e ele escreve aqui no DIÁRIO DO RIO, como escrevem políticos de esquerda, dos quais também discordo. Vivemos em uma democracia, e é importante cada um dar sua opinião, desde que não seja baseada em fake news ou atente contra o Estado. Nenhum deles fazem isso, muito menos Freitas (apesar do sonho do Libertário ser o fim do Estado).
Fui por 20 anos filiado ao Democratas, deixei o partido depois que ACM Neto o transformou em um braço político de Silas Malafaia. Procurei um partido liberal, escolhi o Novo, mas será que dá para acreditar que o partido ainda defende o liberalismo depois da expulsão de Alexandre Freitas? Qual é a cara do partido agora? Limitar a opinião de seus filiados?
Leandro Lyra, que foi vereador do Novo no Rio de Janeiro, fez coisa pior, apoiou o governo Marcelo Crivella, e acabou indo para o Republicanos. Foi candidato a deputado federal, apesar do estatuto do partido não permitir, e virou um verdadeiro bolsonarista. Não foi expulso do Novo, mudou de partido porque quis e ainda atrapalhou o partido nas eleições municipais de 2020.
O Novo deixa de ser um refúgio aos Libertários, e fica um partido ferido, pode ter problemas para fazer um deputado federal em 2022, até quem sabe continuar com representantes na Alerj. Afinal, quem será candidato em um partido que parece que se expressar é proibido?
Ué, por que o grupo de libertários, então não criam um partido para chamar de seu??? Ficar sob a bandeira de um outro partido e pregar ideologias para além do que o partido defende, queria o que?
O NOVO começou como uma sopa de letrinhas, multifacetado. Agora, converge as tendências sob o caudilho João Amoedo. Daí, há expurgos.
Ele não foi expulso por dar uma opinião, quem pensou isso no mínimo não leu a decisão.
João Amoedo está para o partido Novo um caudilho pior que o Brizola estava pro PDT e rivaliza sério com o que Lula é para o PT. Transformou o partido numa ditadura, em que expulsa qualquer tipo de dissidência. Depois, vão para redes sociais arrotar virtudes e bom-mocismos. Uma ova! Partido está naufragando seriamente e seu laranja cada vez mais vermelhinho. É uma pena!
Deputado, hora de arrumar as malas: mais importante que o partido é a pauta renovadora e de diminuição da estrutura do Estado do RJ, que é pantagruélica.
Eu não sei o que libertário significa para o Diário do Rio, mas o Freitas sempre se comportou como um conservador que possui uma visão mais liberal na economia. Enganou seu eleitorado e virou um radical na Alerj que se preocupa em perder tempo criando polêmica nas redes sociais, seja com negacionismo climático ou atacando vereadores de esquerda de forma baixa.