Voltou a ser comentada uma provável renúncia do governador Sérgio Cabral (PMDB), o que já tinha sido falado ano passado, como pode ser visto neste post, e novamente em abril deste ano, mas como foi antes das manifestações que aconteceram em junho e fizeram a popularidade de Cabral virar pó se tornar o governador mais mal avaliado do Brasil com apenas 12% de ótimo+bom.
Pois então, o presidente do PMDB do Rio de Janeiro, Jorge Picciani, disse ao jornal O Dia que já teria sido decidido que Sergio Cabral renunciará em abril de 2014 para que o seu vice e pré-candidato ao governo, Luiz Fernando Pezão, assuma. E na entrevista à CBN o governador confirma a conversa, apesar de dizer que não tem nada acertado.
A renúncia de Cabral serviria a vários propósitos, o mais claro tentar manter seu grupo político no governo, ele sairia dos holofotes durante as eleições, já que virou uma figura tóxica aos seus aliados, e permitiria a Pezão pudesse ocupar a imprensa com boas notícias no ano de campanha, saindo na frente dos outros candidatos que, devido a lei eleitoral, só começariam suas campanhas efetivamente em julho.
Saindo do governo o PMDB também garantiria o apoio de Eduardo Paes, que fica sem mandato em 2016, e é candidato certo em 2018. Como Pezão, caso ganhe, não poderia tentar a reeleição, teria o apoio de Paes. Claro que hoje o prefeito está impopular, mas entre nós ele se saiu muito melhor que Cabral.
E, finalmente, se de descompatibilizando em abril, Cabral poderá ser candidato ao Senado. Claro, isso ia depender muito de quem seriam os outros candidatos e das pesquisas, seria muito feio um governador, reeleito no 1º turno e, como gosta de dizer com votação recorde, perder a eleição do Senado. Todavia até o momento não há candidatos declarados, com exceção de boatos sobre uma candidatura de Marelo Freixo (PSOL) ou de Romário (PSB).