O tempo fechou para Marcelo Crivella (Republicanos) depois da história dos Guardiões do Crivella. Além da operação policial, ação do MP e CPI, o presidente da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, Jorge Felippe (DEM) acolheu pedido de impeachment feito pelo PSol e, depois de ouvir a procuradoria e a mesa da Câmara, decidiu publicar documento na quarta-feira convocando para a votação da admissibilidade do pedido no dia seguinte.
Em caso de aprovação, a Câmara ainda terá que formar a comissão processante e os trabalhos ocorrerão ao longo dos 90 dias subsequentes, o que significa que a conclusão das investigações só ocorrerá após as eleições de novembro. Mas, claro, ferirá de forma mortal a campanha de Marcelo Crivella.
É a segunda vez que se vota a admissibilidade do impeachment de Crivella, na primeira vez foi admitida, mas graças a acordos políticos, o bispo-prefeito se salvou na hora da votação do impeachment. Desta vez o jogo pode ser mais difícil, já que Crivella tem alta rejeição e não tem uma forte aliança para sua reeleição.
Caso se reeleja, o impeachment não acontece. Mas se não se reeleger, bem, aí é bem capaz de alguns vereadores votarem com a consciência.