Volta às aulas em escolas particulares no Rio terá primeira fase com 4º, 5º, 8º e 9º anos

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Foto: Marcelo Piu

Após anunciar o retorno das aulas nos colégios particulares do Rio para o próximo dia 3 de agosto, o prefeito Marcelo Crivella concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (21/07) onde deu mais detalhes sobre como será feita a reabertura das unidades de ensino privado . Segundo Crivella, o retorno nas escolas particulares servirá de teste para a rede do município.

De acordo com a subsecretária de Vigilância Sanitária, Márcia Rolim, o retorno gradual será com 4º, 5º, 8º e 9º anos. Segundo a prefeitura, estas foram as séries mais atingidas pelo estudo à distância.

Em nota, o Sindicato dos Professores do Município do Rio e Regiões (Sinpro Rio) disse não concordar com o retorno das aulas presenciais nas escolas. Segundo eles, a retomada deveria ser facultativa também para os professores.

A Fiocruz também se manifestou nesta terça-feira (21/07) classificando a volta as aulas nesse momento como “prematura“.

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Segundo Crivella, o retorno é facultativo e deve ser feito seguindo todas as regras da Vigilância Sanitária.

Quinze dias após esse retorno gradual, o comitê científico da prefeitura deve discutir a extensão do retorno a outras séries e também ao ensino municipal.

Esse acordo feito hoje é voluntário, não inclui idosos e pais que não queiram levar crianca a escola. Não tem falta pro professor nem pra criança, é uma fase experimental“, disse o prefeito.

Crivella foi questionado sobre uma possível disparidade entre os ensinos da rede pública e privada com o retorno dos colégios particulares. Ele disse que, nos próximos dias, pode apresentar novidades sobre o retorno, mas não deu uma previsão.

“Nós estamos tendo aulas por computador. As crianças da rede municipal estão tendo aula via computador. Estamos nos reunindo para tratar disso. Possivelmente amanhã ou depois vamos chamar vocês aqui pra tratar do retorno do refeitório das escolas públicas, previsão de início de aula”

Regras para a volta às aulas elaboradas pelo município:

Dimensionamento de ambientes

1. As salas de aula devem ser redimensionadas, de forma a se respeitar o distanciamento social mínimo de 2 metros ou 4m2/pessoa em todas as atividades educacionais presenciais.

2. Reorganizar as turmas, reduzindo o número de alunos, promovendo o rodízio com oferta de atividades remotas.

3. Desenvolver rotina de treinamento intenso e contínuo para alunos e trabalhadores sobre as regras estabelecidas, com especial ênfase na correta utilização e troca de máscaras, higienização de mãos e objetos e respeito ao distanciamento social seguro no ambiente escolar.

Áreas de lazer e salas compartilhadas

1. O uso das piscinas deve seguir o protocolo específico para piscinas.

2. Os parquinhos, brinquedotecas e bibliotecas devem ser mantidos fechados até liberação de espaços públicos similares.

3. As salas interativas e de computação poderão ser utilizadas desde que tenha supervisão para controle do número de alunos, manutenção do distanciamento social e que seja intensificada a rotina de higienização.

Transportes escolar

1. O transporte escolar deve seguir o protocolo destinado a transportes coletivos. As janelas devem ser mantidas preferencialmente abertas e todos os ocupantes devem utilizar máscara.

2. Os veículos próprios ou terceirizados destinados ao transporte escolar deverão ser higienizados conforme o Protocolo de Limpeza e Desinfecção de Veículos elaborado pela SUBVISA.

Posição do sindicato

Em nota divulgada na noite desta terça-feira, o Sindicato dos Professores do Município do Rio e Regiões (Sinpro Rio) se manifestou contra a decisão da prefeitura de autorizar o retorno das aulas.

Entendemos que o retorno, agora, é totalmente prematuro. Nossa posição se apoia na ciência, principalmente, nos estudos científicos da Fiocruz (publicado no nosso site) e outros órgãos de saúde“, dizia a nota.

O comunicado dizia ainda que membros do sindicato estiveram em uma reunião com a Prefeitura do Rio para ouvir as propostas para a retomada.

Os professores cobraram a realização de testes em toda comunidade escolar para garantir a segurança de alunos e profissionais. Além disso, na opinião do Sinpro Rio, não houve clareza nas informações sobre as garantias trabalhistas para o retorno voluntário dos professores.

Já para a Associação de Escolas Particulares do Rio de Janeiro (Aspep-RJ), o retorno das aulas é seguro.

”A rede privada de ensino se preparou para essa hipótese e deseja que ela se realize de forma segura e gradual nos primeiros 15 dias do próximo mês”, disse um dos representantes.

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