Pouca gente sabe que a Escadaria do Selarón, na Lapa, é um dos 3 pontos turísticos mais visitados do Rio de Janeiro. A impressão que dá ao se caminhar pela rua Joaquim Silva ainda é de abandono, porém, apesar das ruas sempre lotadas de pessoas, ônibus e vans de turismo, com muitos prédios precisando de obras. Mas a coisa está mudando.
Bem ali onde a rua Teotônio Regadas se encontra com a Joaquim Silva, a aglomeração de pessoas começa as 8 da manhã, e segue o dia todo, até as 3 da manhã. Sempre cheio, o restaurante Ximeninho enche as calçadas de mesas e cadeiras onde o debate político e o papo sobre futebol, música e artes domina o quarteirão.
Um pouco mais adiante, na parte menos movimentada da rua, está o restaurante Cortiço Carioca, num sobradão recentemente restaurado, que chama atenção com suas imensas vitrines. O restaurante tem cardápio mais sofisticado, e na parte de trás, onde funcionava um antigo cortiço, tem salas restauradas com trabalho em madeira que chama atenção. No local, o velho mas enxuto Hotel Marajó chama atenção com sua iluminação chamativa e a movimentação de entrada e saída de hóspedes.
Na frente do Ximeninho, e praticamente ao lado da escadaria mais famosa do Brasil, está uma pérola do art nouveau carioca com pitadas de ecletismo, De acordo com Marcio Roiter, presidente do Instituto Art Déco Brasil. É o casarão número 97 da Joaquim Silva, onde morou Jacob do Bandolim, um dos maiores nomes do Choro no Brasil.
Segundo noticiou Ancelmo Gois ontem em sua coluna, o sobradão foi adquirido pela empresa Gemma, especializada na compra e reforma de imóveis históricos no Rio. O DIÁRIO foi além e apurou que além de estar sendo restaurado, o imóvel já foi alugado pelo novo proprietário a um grupo de empresários especializados em bares e restaurantes. A obra de reforma e restauro está orçada em 1 milhão de reais.
O casarão, de quase 600 metros quadrados, tem dois pavimentos com pé direito de mais de 5 metros, e dois simpáticos quintais na parte de trás. Sua frente cheia de sacadas impressiona, e mais ainda os detalhes da fachada, que é toda trabalhada com flores, rosas e um rosto de mulher. O arquiteto João Velloso, com histórico de diversas restaurações e reformas na Lapa e outras áreas históricas do Rio, foi contratado para fazer o projeto e acompanhar a obra do novo restaurante, que ganhará, no segundo andar, um hostel descolado.
Conseguimos levantar que a inauguração do novo empreendimento está prevista para o início do seguindo semestre deste ano, e que vai se chamar “Bandolim”. Aguardamos cenas do próximo capítulo.
[…] a antiga casa de Jacob do Bandolim, na Rua Joaqum Silva, 97, na Lapa, Rio de Janeiro, passa por uma grande restauração e vai virar um restaurante com foco nas […]
[…] a Lapa esteja recebendo uma série de melhorias, tanto por parte do Poder Público como da parte da iniciativa privada, o processo de degradação causado por criminosos empenhados na destruição do patrimônio […]
Excelente saber que tem pessoas/ empresas investindo nessa região do Rio, tão histórica, bonita, importante, mas também tão degradada. A Lapa merece esse cuidado. Já tivemos outras iniciativas de revitalização daquela área, mas é importante que esses imóveis sejam, de fato, assumidos pela iniciativa privada e que recebam manutenção adequada para não acontecer, novamente, de caírem no desleixo. O Rio e a Lapa, bem como todos os demais bairros cariocas, merecem.
Que notícia maravilhosa! Ótima reportagem!
Nossa que falta de objetividade!! Fala de tanta coisa que a chamada em si fica sem graça e sentido !!
Nossa, que matéria chata, quem consegue ler isso! Parece que nunca chega na notícia, fala sério.