Todos setores estão sofrendo muito com a crise do COVID-19 e com a quarentena, exceto talvez mercados e farmácias. Parece certo que haverá uma forte crise mesmo quando a doença passar. A Fecomércio prevê que o setor do comércio pode demitir até 464 mil pessoas no Rio de Janeiro. Afinal, está quase tudo fechado desde o dia 23 de março e a situação ainda deve perdurar pelo mês de maio, com chances de ser ainda mais rígida e prolongada.
Mas é na gastronomia que a crise mais séria já começou a se mostrar: casas tradicionais estão fechando em série, como é o caso do Bar Leo, no Centro, do Ráscal, Maloca Carioca, o Puro, a Pizzaria Braz da Barra, o Avenca, entre outros. E já é quase certo que pelo menos 1 em cada dez restaurantes não reabrirão após o fim da pandemia.
Uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Bares e Restaurantes do Rio (SindRio) concluiu que pelo menos 10% dos donos de estabelecimentos gastronômicos da cidade já decidiram que não vale a pena insistir no negócio, e não pretendem reabrir. “Quase 50% dos entrevistados disseram que estão com receita zero. Sem delivery, sem nada”, diz Fernando Blower, presidente do SindRio. Outros especialistas disseram ao DIÁRIO que apenas o serviço de delivery não é capaz de pagar sequer 50% das despesas um restaurante que normalmente vive de um ponto comercial privilegiado.
A situação, que já deixou 20 mil pessoas do setor de gastronomia desempregadas pela estimativa de Blower, pode ser ainda pior. Ele prevê que, sem ajuda governamental, 30% dos bares e restaurantes do Rio ficarão definitivamente fechados, mesmo após o fim da quarentena.
“A pandemia foi uma bomba para nós. Desestruturou completamente a saúde financeira de empresas que já vinham de anos de crise”, disse o presidente do SindRio.
Um outro grande indício da situação narrada pelo especialista do SindRio é a quantidade de imóveis sendo entregues pelos inquilinos aos proprietários. “A situação realmente preocupa. Diversos bares e restaurantes, e até padarias, têm solicitado cálculos de multa rescisória para entrega de chaves“, disse Wilton Alves, da administradora de imóveis Sergio Castro, com grande número de lojas comerciais na carteira.
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