A presidente do Associação dos Embaixadores de Turismo, Viviane Fernandes, fez um apelo dramático em um vídeo postado nas redes sociais. Segundo a empresária do ramo turístico, está em curso em Barra de São João, distrito de Casimiro de Abreu, na Região do Lagos, uma ação de derrubada dos coqueiros do Praião.
As árvores, apesar não serem nativas da região, já integram a paisagem há décadas. No final do ano passado, os moradores de Barra de São João lançaram a campanha “SOS Coqueiros” para evitar o corte indiscriminado de 180 árvores. O movimento foi lançado nas redes sociais, onde foi registrada uma intensa adesão comunitária contra o corte das árvores.
Segundo a secretaria de Meio Ambiente local, os coqueiros teriam sido plantados há mais de 30 anos. Mas por conta da determinação do Ministério Público devem ser retirados, sob pena de multa R$ 1.000,00/dia em caso de descumprimento, a contar de 2007 até os dias atuais, conforme explicou uma reportagem da InterTV.
O secretário de secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Casimiro de Abreu, Samuel Barreto Neves, disse à reportagem que, ao longo dos anos, o município teria sido condenado por ter implantado a espécie exótica na região, sem um estudo adequado. O que configura crime.
Segundo Samuel, foi firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado por Antonio Marcos Lemos Machado, prefeito da cidade na época, para retirada de todas as espécies exóticas da região, além das intervenções de alvenaria, como pista de skate, quiosques e bancos de concreto.
De acordo Samuel Barreto, o Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD), que prevê a remoção dos 196 coqueiros deve ser retomado depois do Carnaval.
Mas os habitantes da cidade não veem incompatibilidade entre a ação de preservação da restinga e a permanência dos coqueiros, uma vez que eles embelezam a cidade há anos e cumprem funções ambientais.
“Muito a favor do reflorestamento da restinga. Mas vai demorar anos o seu crescimento. Prefeituras anteriores sempre meteram a máquina no remanescente da mata atlântica. Nunca entendi isso. Contra a retirada dos coqueiros nesse momento. Ministério Público precisa respeitar a opinião da comunidade”, comentou, indignada uma internauta.
“Por que tirar os coqueiros? Não incomodam ninguém. Sem contar que embelezam muito a orla! A opinião do povo deve ser respeitada”, disse outra usuária da rede.
“Foram plantados indevidamente? Foram, mas foram plantados pequenos, já estão enormes e qual o mal que fazem, a não ser darem frutos e embelezarem a cidade? Direitos adquiridos de ficarem ali”, comentou outra moradora do município.
Solidária à defesa das árvores, Viviane Fernandes decidiu apoiar o movimento dos moradores nas redes sociais, com assinatura de um abaixo-assinado e a divulgação de QR Code, para reunir assinaturas que serão apresentadas ao MP contra a derrubada dos coqueiros.
Para o dia 1º de fevereiro, sábado, está agendada uma manifestação contra o corte das árvores. A concentração será às 17h, entre ruas Otávio Moreira e 15 de Novembro.
Mais informações: @bsj_paradise.
A verdade é outra: a tal manifestação em prol dos “coqueiros ” nada mais é que um disfarce…quem tá metido nisso são os donos dos quiosque (invasores articulados e políticos “amigos “), que tentam de tudo pra continuarem seus negócios instalados irregularmente na orla…são pessoas muito espertas e ” conhecidas” , em sua grande maioria, alugam ou arrendam os SEUS QUIOSQUES , não trabalham com isso nem dependem desse dinheiro porque tem dinheiro e são influentes…o praião precisa se livrar do comércio irregular, e os coqueiros viraram BANDEIRA pros espertos mentirosos.
Sim, é certo que, em algum momento do passado, houve o plantio desses coqueiros que, atualmente, tanto embelezam a orla do praião da Barra de São João. Indago. Em um país com frequentes e constantes problemas com a destruição da flora e fauna, nos quais, as mais das vezes, o poder e o ministério público permanecem inertes e calados qual seria a real necessidade de suas retiradas? O que impediria a reconstituição da restinga em seus entormos. Lamentável o comportamento do MP que impõe severas exigências e pesadas multas sem ouvir o real desejo da população.