Se em Botafogo até encanamentos de gás em funcionamento são roubados pelos criminosos instrumentalizados pelos vários ferros-velhos espalhados pela cidade, a princesinha do mar, a turística e mundialmente conhecida Copacabana não fica atrás.
Enquanto no Riachuelo os pobres miseráveis instrumentalizados pelos depósitos de lixo e metais roubam caixas d’água e até as portas de lojas vazias, o bairro mais famoso do país tem até delivery de materiais furtados: três kombis circulam todas as manhãs pelas ruas do bairro com a única finalidade de recolher o que foi roubado na noite anterior. Um dos veículos, de placa GRU-4793, é velho conhecido de todos os moradores da Domingos Ferreira, grande centro de venda de materiais do tipo, ali junto aos fundos do Hotel Pestana.
A audácia dos criminosos que já roubaram ate o letreiro da Agência do Banco do Brasil na esquina da Barão de Ipanema com a Nossa Senhora de Copacabana – onde um dia funcionou a Colombo, vem crescendo. Roubam números de prédios, e agora….os históricos corrimãos de latão que ornam – e auxiliam os idosos que moram – nos prédios tradicionais do bairro.
Na calma e tranquila rua Conselheiro Lafayette, um desses vagabundos foi além. Observando o bonito corrimão dourado de um edifício, resolve arrancá-lo com as próprias mãos. E o faz, “sem medo de ser feliz”, ciente de que haverá quem pague uma gorda quantia pelo item roubado. Algum ferro-velho funcionando ilegalmente, como aquele da rua da Constituição, no Centro, que funcionava em imóvel invadido de propriedade do Governo Estadual.
A filmagem mostra o absurdo a que chegamos. Confira, abaixo, o nível da desordem que assolam hoje, nossa cidade:
Recentemente, as letras de latão em estilo art déco do conhecido Edifício Jatobá, na Nossa Senhora de Copacabana foram roubadas por um bandido que acabou sendo filmado, de perto, pelo circuito interno de TV do prédio, o que ocasionou sua prisão pelo destacamento Copacabana Presente, no dia de ontem, um raro caso de punição a este tipo de crime que depreda nossos bens públicos e particulares, diariamente.
A cidade está à mercê destes “comerciantes”. Iniciativas para reprimir estes crimes existem. Mas ninguém quer tomar conhecimento que estes materiais são armazenados em imóveis invadidos e receptados por gente que por vezes sequer tem um alvará de funcionamento, e, se tem, deveria perdê-lo já. Neste sentido, há um projeto do vereador Dr. João Ricardo (PSC), para proibir o funcionamento deste estabelecimentos fora das áreas industriais. Mas e os que funcionam sem licença alguma?
O Ferro-Velho que funcionava ilegalmente na Rua da Constituição, em frente à GEL do Centro tinha até seguranças da polícia civil. Este enfrentamento tem que ser diário, permanente e corajoso. O Secretário Brenno Carnevale, que é delegado, tem atuado neste sentido, mas enquanto não houver o reconhecimento de que esta atividade não deve ter lugar fora das áreas industriais – com ou sem alvará! – a coisa não vai mudar.
Cidade sem governo e isso que acontece , ferro velho a ceu aberto a olhos vistos e sem punição alguma.
Ou se acaba com os ferro velhos ou os ferro velhos acabam com o Rio.
Copacabana continua completamente abandonada, a quantidade de mendigos continua cada vez maior, pequenos roubos acontecem a toda hora.
Voltando a falar dos tuneis, o túnel Major Vaz e o Sá Freire Alvim continuam completamente abandonados, em estados deploraveis, o túnel novo sentido centro Copacabana no qual foi substituido o sistema de iluminação, já tem uma quantidade consideravel de lâmpadas queimadas.
Se tem assaltantes (com uso de armas) protegidos porque são meras vítimas em busca do que comer, então por que condenar esses pobres coitados que apenas subtraem bem alheio sem uso de violência? (Contém ironia).
O Diário do Rio está de parabéns de denunciar esta verdadeira vergonha. Sugiro que façam uma matéria no Cemitério São João Batista, onde o furto de material metálico está a todo vapor. Até imagens de Cristo estão levando! E isto em túmulos na parte baixa, nas ruas principais. O que a RioPax está fazendo? Vai pagar o prejuízo?
Parabéns pela matéria. Sempre gosto de ler esse jornal, o único que mostra a realidade nua é crua da nossa cidade
Se tiver uma lei rigorosa e fiscalização, resolve fácil fácil…
Vocês estão criminalizando o pessoal das Kombis, ao invés de reclamar sobre o poder público que não faz nada, tenha dó, espero que o dono da placa citada processe vocês.
As operações policiais nas Favelas não fechou um Ferro-Velho, que deveria se chamar Ferro-Roubado. Que a coleta dos materiais descartáveis sejam feitas pela Prefeitura, COMLURB, que depois entregaria aos recicladores desses materiais, cadastrados no governo. Algo semelhante para os catadores de lixo, que abrem sacos de lixo, pegam o que interessa, depois deixam tudo espalhado pelo chão. Consequência, chegam os ratos, entopem-se os bueiros.
Está faltando investimentos em monitoramento por câmeras, que se distribuídas pelas ruas da cidade, poderiam ser úteis na constatação de indivíduos e veículos circulando em atitudes suspeitas durante período da noite e madrugada, podendo ser acionado pelo batalhão de área a ronda para abordagem e checagem no menor tempo.