Um imóvel localizado na esquina da Rua Buenos Aires com a Rua da Quitanda, no Centro do Rio, foi invadido neste domingo (15/10). O prédio, segundo informações obtidas pelo DIÁRIO DO RIO, pertence ao Governo do Estado. A reportagem entrou em contato com o Poder Público, para esclarecer a situação da propriedade, e obter informações de quem teria ocupado ilegalmente a construção, mas até a publicação desta matéria, não teve retorno. A Polícia Militar informou que não foi chamada para atender a ocorrência.
As invasões são um problema recorrente na região central do Rio, tendo sido objeto de matérias do DIÁRIO em diversos casos, como o casarão na Rua dos Inválidos, no Centro, invadido em janeiro; o trecho entre ruas Miguel Couto e Visconde de Inhaúma, apelidado de ‘Rua da Invasão’; e até mesmo um imóvel na Avenida Érico Veríssimo, na Barra da Tijuca.
No ano passado, o DIÁRIO do RIO denunciou as gangues especializadas em invadir imóveis públicos no Centro do Rio. O esquema dos bandidos inclui até a cobrança de aluguel para que pessoas possam morar nos locais. A quadrilha também isentaria mulheres grávidas e pessoas com deficiência, usados sempre como justificativa para articular as ocupações indevidas.
Em maio deste ano, um levantamento da UFRJ revelou que mais de 13 mil famílias vivem em construções abandonadas. Alguns dos edifícios correm risco de desabamento, como a chamada Ocupação Zumbi, localizada na Praça Mauá, no Centro do Rio, que foi interditada no mês de abril pela Defesa Civil.
Promessa de revitalização de casarões abandonados
Depois de dois anos de pandemia, diversos imóveis de ruas históricas do Centro do Rio acabaram fechando as portas, Muitos dos donos desses espaços não conseguiram manter o faturamento e não tiveram recursos para aguentar a crise financeira. Para tentar retomar o funcionamento dos pontos, a Prefeitura do Rio lançou o programa Reviver Centro Cultural, que prevê a transformação de casarões e sobrados antigos em centros culturais.
Para incentivar os novos ocupantes, o Poder Público vai pagar reformas de até R$ 192 mil (R$ 1 mil por metro quadrado) e até R$ 14,4 mil mensais (R$ 75 por metro quadrado) para cobrir despesas como aluguel e conta de energia elétrica por, no máximo, quatro anos. Uma contrapartida é ficar pelo menos 30 meses no imóvel — tempo padrão para contratos de aluguel, que serão firmados diretamente entre os representantes dos projetos e os proprietários dos imóveis. A expectativa da prefeitura é que as lojas comecem a ser ocupadas ainda neste fim de ano.
Existem indivíduos que se especializaram na arte de arregimentar grupos de pessoas para invadir propriedades alheias pois sabem que não vai lhes acontecer nenhuma represália, e isso acontece, com mais frequência, em época de eleições.
Porque você não começa uma campanha sobre isso? Começa abrigando moradores de rua na sua casa.
Como citado na matéria, de uma outra anteriormente, são quadrilhas atuando na invasão de prédios.
Essas quadrilhas agem atraindo mulheres grávidas, com filhos e deficientes, justo a fim de servir de maior impacto em mentes e corações.
E essas pessoas atraídas, de onde vieram? Surgiram num estalar de dedos? Certamente tinham endereço próprio anterior, viviam numa grande família em algum outro ponto da cidade, mas folgados, não querem trabalhar e pagar por um imóvel, querem conquistar por meio de invasões e depois furarem a fila de programas habitacionais… seus filhos depois fazem o mesmo… e mais à frente, os netos… é um ciclo…
Daí a importância de se mudar leis e práticas no país, afim de acabar definitivamente com a mercantilização da terra. TODOS devem ter acesso a habitação digna, mesmo que não possam pagar por ela. Para isso acontecer, TODA terra tem que ser um bem público, e, através de políticas públicas sérias, distribuída de forma justa para todos. Nenhum ente privado deveria ter permissão para auferir renda sobre aluguel de imóveis. Esta atividade deveria ser monopólio do Estado e APENAS PARA FINS COMERCIAIS. Se habitação digna é um direito constitucional, que seja assim cumprido.