O bispo Marcelo Crivella (PRB) tem dado vários sinais para se aproximar do eleitorado Bolsonarista, teve a censura aos livros na Bienal, as críticas a Globo, inclusive pesquisas internas do PRB mostravam que a censura foi um sucesso nesse eleitorado. Já o próprio Jair Bolsonaro (PSL) tem se aproximado dos evangélicos, como a visita ao Templo da IURD em São Paulo, com oração do tio de Crivella, o bispo Edir Macedo.
Mas parece que o impopular Crivella quer sacramentar a aliança, de acordo com o jornalista Cássio Bruno/O Dia, ele está procurando o PSL para que o apoie em 2020. A eminência parda de Crivella e coordenador de sua campanha de reeleição, Rodrigo Bethlem, estaria conversando com parlamentares ligados a Bolsonaro e oferecendo secretarias e cargos.
A ideia de Bethlem é tentar anular a candidatura de seu arqui-inimigo Eduardo Paes (DEM), que juntaria vários partidos no seu entorno. E, claro, levar a eleição para o 2º turno contra Freixo, um sonho do crivellistas. Entretanto, Paes ainda não disse ser candidato a prefeito e prometeu tomar uma posição no início de 2020, é pule de 10 que dirá que tentará o 3º mandato.
No meio do caminho tem o deputado Rodrigo Amorim, pré-candidato a prefeito pelo PSL, e que tece críticas a Crivella (como se pode ver na entrevista do deputado a Antonia Fontenelle). Cássio Bruno diz que o prefeito, para fazer que Amorim desista, ofereceria apoia-lo a qualquer cargo em 2022. Seria similar ao acordo com o PSD de Indio da Costa, que comandou uma super secretaria de Urbanismo, mas em 2018 preferiu ir sozinho e evitar a alta rejeição do bispo, que não conseguiu nem eleger o filho como deputado federal.
E esse deve ser o maior empecilho para Crivella conseguir o apoio do PSL, não há dúvidas que as pautas convergem, e a briga entre os 2 grupos com Witzel, também ajuda. Mas a grande rejeição ao atual prefeito pode evitar que os candidatos a vereador do partido, e outros políticos, queiram aparecer junto na foto.