Rhodrigo Lúcio Ribeiro Ferreira, ou simplesmente, Rhodrigo Ribeiro, 33 anos, natural de Niterói, morador do Rocha, em São Gonçalo, é empresário e está empenhado em disseminar, ainda mais, a expressão “Rir é o melhor Remédio”, pois não só acredita nessa máxima, como também busca por evidências científicas a comprovação de tal fato.

“É cientificamente comprovado que rir faz bem à saúde. Quando estamos em um dia ruim, estressados, procuramos algo que nos faça rir. Instintivamente buscamos a comédia como forma de refúgio dos problemas, para que a gente consiga relaxar e dar boas risadas”, afirma Rhodrigo Ribeiro.

É muito perceptível, que ao rirmos, inalamos mais ar, e a expiração fica mais evidente. Com isso, há uma maior ventilação pulmonar e eliminação do excesso de dióxido de carbono e de vapores residuais. Ou seja, os pulmões ficam mais limpos. Há uma redução da tensão muscular depois do riso. Além disso, o riso movimenta os músculos da face e também estimula os músculos abdominais. Esses movimentos fazem uma leve massagem no sistema gastrointestinal, facilitando o processo digestivo e auxiliando no funcionamento do sistema hepático, responsável por eliminar as toxinas do organismo e controlar os níveis de colesterol. Sim… rir é uma verdadeira benção para a qualidade de vida humana.

Pensando nisso, Rhodrigo Ribeiro, irá promover a primeira imersão cômica do mundo, a Comedy Con Brasil, durante duas semanas de julho (6,7,8,9 e 10 – 14,15,16 e 17), no palco do Teatro Municipal de Niterói, projetando diversas formas de fazer humor, divididas entre bate-papo, painéis focados na palhaçaria, corporativo e stand-up. Os preços dos ingressos variam de R$ 40,00 (quarenta Reais) a R$120,00 (cento e vinte Reais). Mais informações podem ser encontradas em www.comedyconbrasil.com.br

“Sempre fui apaixonado em eventos nerds e geeks desse formato, e senti falta de um que seja apenas no universo da comédia. Passei meses pesquisando algo nesse formato e não encontrei nada igual no mundo, então decidi criar um”, relata Rhodrigo Ribeiro.

Nessa primeira edição, Rhodrigo Ribeiro, com o apoio de Marcos Figueiredo, parceiro do evento, tem o propósito de unir gerações por meio do riso, homenageando nomes que marcaram o humor no Brasil: Paulo Gustavo, Dercy Gonçalves e Orlando Drummond.

Além desse marco memorial, o evento já conta com mais de 80 comediantes, com destaque para nomes como Matheus Ceará, Rodrigo Marques, Diogo Defante, Nando Viana, Paulinho Serra, Fafy Siqueira, Marcos Castro, Igor Guimarães, entre outros.

O evento também contará com a participação especial internacional, da norte-americana Judy Carter, autora da “Bíblia da Comédia”. E outra grande atração é o humorista, Dedé Santana, integrante do lendário quarteto Os Trapalhões, presente na história de tantas gerações.

“Queremos colocar o Comedy Con Brasil no calendário nacional de eventos e com isso projetar Niterói, o estado do Rio de Janeiro, para o Brasil e para o mundo, movimentando o turismo e gerando impacto econômico positivo para a cidade. E a comédia precisa fazer a diferença também no ânimo da população que tanto tem sofrido. Precisamos voltar a sorrir. E não há lugar melhor que a Cidade Sorriso para irradiar alegria na retomada cultural” declara Rhodrigo Ribeiro.

Tendo como referências particulares, Chico Anísio e Jim Carey, Rhodrigo Ribeiro acredita muito no potencial que o Rio de Janeiro tem atrelado ao humor e esse nicho tem cada vez mais crescido, ganhando maior interesse do público.

“O carioca é receptivo, está sempre fazendo brincadeiras com tudo visando dar boas risadas com seus amigos. O carioca é naturalmente engraçado” conclui Rhodrigo Ribeiro.

Esse espírito é necessário, para que possamos manter a altivez e a leveza frente a tantas fragilidades e dificuldades, afinal por pior que seja a situação, ela não é para todo o sempre, e saber como lidar com esses episódios com maior sutileza e otimismo, abre portas para a alegria.

Então vamos estimular o riso, colocar mais endorfina no organismo, resultando na sensação de bem estar. Afinal, estamos aqui para computarmos mais momentos felizes, que outros que não nos façam bem.

Seguimos vivendo no país onde se mata ambientalistas, defensores dos direitos humanos, indigenistas e pessoas que lutam pelo direito à terra. De acordo com a Global Witness, em 2020 o Brasil foi o quarto país do mundo em que mais se matou ativistas ambientais. E em 1019 foi o terceiro país do mundo, uma triste liderança. Isso sem falar nos milhares de pessoas negras mortas em consequência do racismo que permeia nossa sociedade e o Estado brasileiro.

Esta é a terra onde foi assassinado o ambientalista Chico Mendes, que lutava pela preservação da floresta na reserva extrativista de Xapuri, no Acre, onde morava. Aqui, entre outros, foram assassinados a religiosa americana Dorothy Mae Stang, o indígena Paulo Paulino Guajajara, e o indigenista Maxciel Pereira dos Santos. Agora mais duas vítimas: o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico, residente no Brasil, Dom Philips, brutalmente assassinados por denunciarem o crime organizado que se instalou na Amazônia.

Como demonstram os fatos, há muito tempo a realidade na Amazônia é dura para quem defende o meio ambiente e os povos indígenas. Mas nos últimos anos isso se agravou muito. Bolsonaro vem atiçando os predadores da Amazônia. Seu governo desvirtuou o Ministério do Meio Ambiente, desestruturou a Funai e o Ibama, dificultou as multas a infratores, fez acordo com madeireiros ilegais, fez vista grossa aos alertas de incêndios e desmatamentos, e precarizou a proteção aos povos indígenas. Os agentes do crime organizado se sentiram fortalecidos e a vida de quem a eles se opõe ficou em risco extremo.

Bolsonaro exonerou o indigenista Bruno Pereira de seu cargo na Funai por ele ter, corretamente, cumprido com o seu dever de proteger os territórios indígenas contra invasões pela mineração ilegal. Sem condições de trabalho, o servidor público se viu forçado a pedir licença e tentar atuar junto a uma organização não governamental, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari – Unijava. Sem a proteção do Estado brasileiro, sua atuação passou a ser de alto risco. Décadas atrás, indigenistas como os irmãos Villas-Boas eram vistos como heróis nacionais. Atualmente são vistos como um estorvo aos interesses econômicos que querem destruir a Amazônia.  

O assassinato do indigenista Bruno Pereira é uma imensa perda para os povos indígenas e para o Brasil. Bruno buscou conhecer a cultura dos povos isolados, aprendeu línguas que desconhecemos, conquistou com ações a confiança de indígenas traumatizados com a violência que nossa “civilização” a eles impôs. Com sua morte se vai uma ponte que o Brasil decente tentava criar com esses outros seres humanos. Não é simples formar especialistas dedicados à questão indígena. Sem Bruno eles ficam mais vulneráveis à invasão e à destruição de seus territórios por pessoas gananciosas e inescrupulosas.

Dom Philips atuava como jornalista, investigando a situação da Amazônia e as ameaças aos povos indígenas. Sem o trabalho de pessoas como Dom, ficaríamos às escuras, sem informações do que realmente ali acontece. Não é culpa sua o fato de a Amazônia ter se transformado num território tão perigoso para jornalistas, quanto uma zona de guerra. Aliás, o Brasil se tornou um território perigoso para o exercício do jornalismo.

Ainda em choque pela confirmação dos assassinatos de Bruno e Dom, a sociedade brasileira quer saber o que o Estado brasileiro fará para impedir que outros ativistas ambientais sejam mortos na Amazônia. O que o Congresso Nacional tem a dizer? Já não basta de mortes? Há muitos responsáveis pela trágica situação da Amazônia. Mas, em última instância, Bolsonaro tem responsabilidade no assassinato de Bruno Pereira e de Dom Philips. E vindo dele, sabemos que nada será feito para mudar essa situação.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.