O grande assunto de ontem no Rio foi a
coluna do jornalista Wright Tompson para o site da ESPN gringa. Deixa passar um certo tempo para que pudéssemos analisar de cabeça fria, afinal, bem a la “Família Restart” (ou alguma dessas bandas genéricas), mexeu com o Rio, mexeu comigo. Mas temos que perceber que em alguns pontos ele tem razão, não somos adolescentes como os fãs dos músicos supracitados.
As críticas de Thompson começam com o fato de na propaganda de apresentação o Rio não ter mostrado favelas, criminalidade, etc… UAU! Convenhamos que se a agência ao vender seu produto mostrasse algo sem ser notas positivas seria bem esquisito, afinal estava se vendendo a cidade. E aposto que as nossas concorrentes fizeram questão de mostrar os nossos defeitos.
Por outro lado, os dados que ele dá não são mentira, a cidade tem muito homicídios, em 2010 teriam sido cerca de 4.798 assassinatos no estado, 1/4 do que aconteceu em todos EUA que tem uma população 50 vezes maior. Não resta dúvidas que algumas favelas perigosíssimas são próximas a pontos importantes durante a Copa 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, e esse é um grande desafio da cidade.
Agir como cães raivosos, que não permitem críticas, que acusa o jornalista de inveja de nossa cidade, que apenas escreveu o artigo por uma suposta desforra de Chicago não ter sido escolhida é primário. Alguns jornalistas parecem que não leram o texto completo, é fundamento, parte de um fato (a queda do helicóptero no Morro dos Macacos) e comenta que hoje está pacificado e que problemas assim não se repetiram no local.
Agora, isso representa problemas para o Rio 2016? Não acredito, o Rio de Janeiro está mais do que acostumado a receber grandes eventos como o Reveillon, Carnaval, o Pan do Rio. Então violência não será um problema, Londres representa um perigo muito maior por ser alvo de terroristas. Nossos problemas são outros, especialmente a infra-estrutura, atrasos em obras como a do Maracanã (cadê a licitação?) e por aí vai…