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segunda-feira - 30/09/2024

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Produção industrial do RJ registra quase 6% de crescimento e é o melhor indicador do Brasil, aponta o IBGE

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O Estado do Rio de Janeiro registrou um crescimento de 5,9%, da sua produção industrial, no mês de abril, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira (09/06). O resultado colocou o Rio acima do índice nacional, que registrou um acréscimo de 0,1%. Em março, o Estado já havia apresentado resultado positivo de 2,3% nas atividades industriais fluminenses. 

Para o governador Cláudio Castro (PL), o Estado do Rio está vivendo um momento único ao apresentar dois meses de crescimento significativo na produção industrial. Para ele, tais resultados repercutem na geração de empregos e na consolidação dos já existentes, o que gera segurança para o trabalhador e suas famílias.

O Rio de Janeiro vive um momento histórico. O setor industrial, que gera milhares de empregos formais, atua em segmentos diversificados e avança como há muito não acontecia em nosso estado. Caminhamos rumo à consolidação de uma indústria contemporânea e cada vez mais competitiva, que vai fortalecer o desenvolvimento e o crescimento econômico, possibilitando uma melhoria significativa na qualidade de vida dos fluminenses,” declarou Cláudio Castro.

De acordo com o levantamento do IBGE, a produção da indústria no Rio de Janeiro ficou à frente de Santa Catarina e Bahia, que registram um acréscimo de 3,3% e 3%, respectivamente. O estado de São Paulo, no entanto, registrou queda de 2,8%, sendo o maior resultado negativo no índice nacional. Os setores que ajudaram a alavancar a atividade econômica foram: o coque (produto originado da queima do carvão natural), o biocombustíveis e produtos derivados do petróleo, além das indústrias extrativas e produtos farmoquímicos e farmacêuticos.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Cássio Coelho, acredita que o ambiente de negócios fluminense apresenta, atualmente, melhores condições para a atração de novos empreendimentos e incremento dos já existentes.

“O incentivo do uso do gás natural como fonte energética, capaz de reduzir custos de produção e também como insumo em processos de industrialização de segmentos como os de fertilizantes, siderurgia, metal mecânico, têxtil, alimentos e bebidas, irá contribuir de forma definitiva para a reindustrialização do estado, especialmente a partir do seu interior, aumentando o emprego no setor, altamente qualificado,” conjecturou o secretário.

O ‘despertador do Brasil, o comunicador Antônio Carlos, completa 85 anos

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Uma das vozes mais emblemáticas do rádio carioca, o comunicador Antônio Carlos, da Rádio Tupi, completou 85 anos, nesta quinta-feira (9). Com mais de 50 anos de carreira, o comunicador é um exemplo de sucesso, com o seu programa “Show do Antônio Carlos”, que está há décadas no ar e, é até hoje, é líder de audiência em seu horário, das 6h às 9h.

Antônio Carlos, além de talentoso, é persistente. Antônio deu os primeiros passos rumo ao estrelato, nos anos 1950, na Era de Ouro do Rádio. O início não foi muito auspicioso, mas ele sabia muito bem o que queria.

A Rádio Nacional era a grande meta de cantores e profissionais de comunicação daquele tempo. Antônio Carlos mirava alto e não media esforços para compor o star system do rádio. Tentou ingressar na Rádio Nacional por 9 vezes. Pasmem! Foi reprovado em 8 tentativas. Quem teria tanta persistência para ser aprovado apenas na nona?

A partir daí, o trabalho e o destino – sem ordem específica – construíram a trajetória do grande comunicador. Em 17 de março de 1977, ele estrou o “Show do Antônio Carlos”, na Rádio Tupi AM do Rio de Janeiro. Mas foi, em 1987, que Antônio firmou a consagradora parceria de 30 anos, com a Rádio Globo do Rio, apresentando – diariamente, das 6 às 9 da manhã -, o já celebrado programa. Como o bom filho à casa retorna, o “Despertador do Brasil”, apresenta, desde 2017, o “Show do Antônio Carlos” na rádio Tupi do Rio de Janeiro.

Muitas foram as homenagens ao carequinha do rádio carioca. Mas, uma em especial, provocou grandes emoções. O também, octogenário Roberto Carlos, entrou no ar, no final do “Show do Antônio Carlos” desta quinta-feira, para parabenizar o comunicar e desejar muitos anos de vida e de rádio. O Rio de Janeiro agradece.

Lagoa de Jacarepaguá terá ação de revitalização neste sexta-feira

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A Lagoa de Jacarepaguá passará por uma operação de limpeza promovida pelo AquaRio e pelo Instituto Conhecer para Conservar nesta sexta-feira (10), às 10h. A ação, que é apadrinhada pelo biólogo Mário Moscatelli, vai reintroduzir na natureza o Guaiamum – espécie de caranguejo terrestre ameaçada de extinção. A Lagoa de Jacarepaguá sofre há décadas com a poluição provocada pelo descarte de lixo e pelo despejo de esgoto in natura na região.

Para Talita Uzeda, gerente de Sustentabilidade do Grupo Cataratas, festejou a parceria entre o grupo e Mário Moscatelli, que atua na Lagoa de Jacarepaguá há 30 anos. O objetivo da ação, segundo a representante do Cataratas, é restaurar o mal tratado ecossistema lagunar e viabilizar a recuperação da fauna local.

“As lagoas de Jacarepaguá são grande reduto de biodiversidade e historicamente sofreram com despejos ilegais de esgoto e lixo. O biólogo Mario Moscatelli, nosso parceiro, trabalha na região há trinta anos procurando restaurar o ecossistema, estamos nos unindo a ele e a nossos parceiros para colocar a mão na massa e contribuir com esse trabalho, temos certeza que é nossa primeira ação de muitas”, disse a representante do Grupo Cataratas.

A concessionária Iguá, responsável pelos serviços de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto na região da Barra e Jacarepaguá, também vai participar da operação, já que tem como principal contrapartida ambiental, o projeto de revitalização do Complexo Lagunar de Jacarepaguá. Entre os projetos da concessionária está a manutenção do manguezal do Parque Olímpico, localizado na margem da Lagoa de Jacarepaguá. André Rongo, foi convidado pela Iguá, para fazer um exposição com conteúdo artístico.

Quem quiser participar da operação de limpeza da Lagoa de Jacarepaguá, basta comparecer ao ponto de encontro, que será atrás da Jeunesse Arena.

O projeto de revitalização da Lagoa, além de contra com a participação de Moscatelli, também é apoiado pelos parceiros: Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS), Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), SubPrefeitura da Barra da Tijuca, Companhia Municipal de Limpeza Urbana (COMLURB), Fundação de Estudos do Mar (FEMAR) e Ambiente Jovem.

No sábado (11), será realizado o “Clean Up Bay”, ação conjunta promovida pela REDAGUA, pelo AquaRio e pelo Instituto Conhecer para Conservar, para limpar 3 praias da Baía de Guanabara, no âmbito da celebração do Dia Mundial de limpeza de Baías.

A Jeunesse Arena Av. Embaixador Abelardo Bueno, nº 3401, na Barra da Tijuca.

Crítica de Teatro: Cora do Rio Vermelho – A poesia em águas plácidas

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A vida no Brasil Profundo corre de outro jeito. Tem sempre um rio, plácido, que cruza a cidade, que divide os locais, junta as pessoas, concentra as brincadeiras. O rio cria os laços e embala a vida que segue. As mulheres, voltadas para as atividades dentro de casa, vêm no rio seu destino, seu caminho, a mudança. Mas há sempre quem veja além disso, quem se acolhe na imaginação para criar novos destinos para rio. Assim fez a artista Cora Coralina. Assim Raquel Penner criou o espetáculo Cora do Rio Vermelho.

Com o cenário repleto de objetos que retratam fielmente o ambiente de um casa de interior, com o enorme espaço ocupado pela mesa, Raquel de forma direta e carinhosa começa mostrando  a história de Cora como menina, seus impasses angustiados de não alcançar os padrões da família. Mas Cora é uma pequena Pangloss, o personagem de Voltaire que sempre dizia que existe o melhor dos mundos e com isso, de forma doce, no sentimento e no tacho, constrói a extraordinária visão de mundo.

A dramaturgia de Leonardo Simões  consegue de forma equilibrada fazer um bela edição dos textos de Cora, de seus poemas, de seus inúmeros achismo o que provoca o interesse pela personagem, aparentemente tão simples, mas complexa na maneira apaixonada e positiva de encarar o mundo. A direção de Isaac Bernat elimina qualquer maneirismo, qualquer caricatura que pudesse se  pensar em uma roceira fora da curva. O texto, a direção e a interpretação de Raquel nos mostra uma Cora Coralina vibrante, com humor, assertiva.

Há que se recuperar a biografia de Cora, nascida Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que viveu  as mudanças do  século 19 para o Século 20 (1889-1885)  estabeleceu-se  como doceira,  vigiando o tempo  dos doces, o calor do fogo enquanto aquecia a alma e o coração dos leitores com os seus versos. Cora do Rio Vermelho é um mergulho em um rio de águas claras e mansas, das quais saímos revigorados de ver que é no simples, no banal que está a grandeza da vida.

Serviço

Teatro Poeirinha: Rua São João Batista, 104 – Botafogo – Rio de Janeiro/RJ
Quinta a Sábado, às 21h
Domingo, às 19h.
Redes: Instagram: @coradoriovermelho
Youtube: https://m.youtube.com/channel/UCayoCIzVQl0-CIpQPVRYzrQ

lapa dos mercadores 2024 Crítica de Teatro: Cora do Rio Vermelho - A poesia em águas plácidas

Ediel Riberio: Rogerio Tadeu, o arquiteto do humor

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“Tem gente que deveria ser ‘imorrível’. Rogerio era uma delas.” (Ediel)

Rio – Jaguar dizia que sua coluna, no saudoso jornal ‘A Notícia’ estava parecendo mais um obituário, tantos eram os amigos que morriam.

A minha, aqui no ‘Diário do Rio’, também.

Ainda nem tínhamos parado de chorar a morte do cartunista Frank Maia, e ficamos sabendo do falecimento de Rogerio Tadeu, outro talentoso cartunista.

Rogerio – assim mesmo, sem o acento – foi arquiteto, funcionário da antiga Telerj e cartunista. Como arquiteto, seu habitat era a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Silva e Souza. Como cartunista, vivia nos bares e nas redações, onde se sentia em casa.

Influenciado pelos cartunistas Henfil e Jaguar – seu traço era uma mistura dos dois – publicou no ‘Pasquim’, ‘O Dia’ e no jornal ‘A Tarde’ , entre outros. Criou, junto com os cartunistas Amorim, Nani, Mayrink, J. Bosco, Ykenga, William Medeiros, Magon, Alves e o jornalista Luiz Pimentel, o jornal de humor ‘Mais Humor’.

Era um grande quadrinista. Com textos de Luiz Pimentel, criou e publicou, por mais de cinco anos, a tira de história em quadrinhos ‘Mão Estendida’, no jornal ‘A Tarde’, de Salvador. O ‘Mão’ foi seu personagem de maior sucesso. A tirinha gravita em torno do ‘Mão’, um aposentado de barba por fazer e barriga protuberante cujo mundo gira em torno do banco de uma pracinha que ele frequenta com seu vira-lata – provavelmente inspirado em seu cão ‘Mojico’.

Rogerio adorava o futebol. Torcedor fanático do Vasco da Gama, criou a tirinha esportiva ‘Peladas & Furadas’, onde um fracassado treinador veterano dava conselhos nada ortodoxos aos seus comandados.

Era também um exímio caricaturista. Fez várias. A sua caricatura do sambista Nelson Sargento é, certamente, a melhor do mangueirense. Uma ‘pintura’ que Nelson Sargento, que também era artista plástico, assinaria com orgulho.

Era um sujeito bom de papo. Sempre com aquele sorrisão que parecia um personagem das suas tirinhas. Para o cartunista André Brow o amigo era ‘o arquiteto do cartum’.

Eu gostava muito de conversar com ele. Nos nossos encontros, sentávamos eu, Rogerio e o Nani para beber, falar de cartum, jornais e piadas.

Nosso último encontro foi em um boteco na Lapa, na noite de lançamento do oitavo número do ‘Mais Humor’. Se soubesse que era uma despedida, teria tomado um grande porre com ele.

“Bernard Shaw dizia que a maior anedota é a verdade”, escreveu, o cartunista Nani – outro que nos deixou prematuramente – em um editorial do jornal “Mais Humor”.

Mas a ‘verdade’, tem sido dura demais, com os humoristas.

Botequim Itahy completa 40 anos

Receita certa para entrar no coração dos cariocas: menu tradicional, cervejas geladas, bom atendimento e ambiente aconchegante. O Itahy sem dúvidas é um desses locais, que cativou seu espaço na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, logo no início da década de 80, quando abriu sua primeira unidade na Zona Sul. S. Adão, português e empreendedor, acompanha de perto a operação da casa, que abriu mais duas unidades na área ao longo dos últimos 40 anos: outra no mesmo bairro, em Ipanema e uma no charmoso bairro do Leblon. Hoje, quem está à frente dos negócios é seu filho, Iuri, que desde novo também vivenciou de perto o dia a dia das casas, e agora abriu mão do mercado financeiro para tocar o negócio da família.  

Ao longo dos anos, o reduto boêmio é ponto certo para um pós-praia com um bom chope gelado – o Itahy possui chope próprio, além do Brahma e Heineken – acompanhado da tradicional receita de botequim – filé aperitivo (acebolado ao molho madeira). Também brilham no salão os bolinhos de bacalhau, sequinhos, bem crocantes e recheados; pastéis variados, croquete de carne, gurjão de peixe e de frango, o aclamado aipim na manteiga, entre outros petiscos de tirar o fôlego. 

Como o cliente pede:  o Itahy também oferece uma carta de cervejas artesanais, escolhidas à dedo, como a Hocus Pocus, Therezópolis, Roter e Labirinto.   

Para quem deseja um bom almoço em família ou com amigos, o cardápio oferece clássicos como galeto, filét mignon à Oswaldo Aranha, churrasco misto e contra filé. Na ala dos peixes e crustáceos, entram em cena filé de tilápia, salmão, filé de badejo risoto de camarão e lula com arroz de brócolis, todos preparados com maestria por uma equipe de cozinha afiada, alinhada e apaixonada pelo que faz.    

Para todos os gostos:  à noite é a vez das pizzas brilharem no menu, preparadas em quatro tamanhos: família, grande, média e brotinho. Nos sabores, o cliente pode escolher as de sabores clássicos,  como marguerita, calabresa, portuguesa, frango com catupiry, entre outros. Destaque para o sabor Itahy, preparado com cebola, salame, presunto, parmesão e orégano. 

O Ithay tem a alma carioca, afinal são 40 anos de carioquices vividos com paixão!!! 

SERVIÇO: 

Itahy Joana Angélica – R. Barão da Torre, 334 – Ipanema 
Telefone: (21) 2522-2919 
Itahy Maria Quitéria – R. Maria Quitéria, 74 A – Ipanema 
Telefone: (21) 2247-3356 
Itahy Leblon – Av. Ataulfo de Paiva, 1060 – Leblon 
Telefone: (21)2247-3356 

William Bittar: Sobre botequins do Rio

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Meu coração tem butiquins imundos,
Antros de ronda, vinte-e-um, purrinha,
Onde trêmulas mãos de vagabundo
Batucam samba-enredo na caixinha.

Bosco e Blanc

Cada cultura tem seu próprio botequim. No entanto é possível considerar que este estabelecimento é uma criação bem brasileira, tornando-se uma verdadeira instituição, ainda que muito alterada ao longo das décadas.

Talvez seja no Rio de Janeiro que ele tenha adquirido suas características mais particulares e dali exportado para o Brasil, através da poesia e da música popular, como cantava Noel Rosa

Seu garçom faça o favor

De me trazer depressa

Uma boa média que não seja requentada

Um pão bem quente com manteiga à beça

Assim como muitos de nós tivemos nossa padaria, açougue ou quitanda de infância, temos também nosso botequim de juventude, aquele ponto de encontro inicialmente para o refresco colorido ou refrigerante do Seu Abílio, mais tarde cervejas com tremoços e outros aperitivos, até o consumo do popular “Dudu”, aquele traçado de quinado com conhaque para esquentar depois de uma chuvarada.

Quanto à origem do nome, existem muitas versões, remetendo àquelas mais eruditas, como bottega, do italiano, que veio do grego apotheke, traduzidos por armazém ou depósito, bodega, na Espanha, ou botica, em Portugal, para o comércio de secos e molhados, todos vendendo comida e bebidas e assim chegaram ao Brasil, pelas mãos dos imigrantes ibéricos, para atender às crescentes demandas da urbanização a partir do final do século XIX.

As antigas casas de pasto, origem dos restaurantes e as tavernas, presentes no período imperial, conhecidas pela má fama de seus habituais frequentadores, tornavam-se armazéns e alguns deles transformavam-se nos botequins, onde a clientela se reunia para um trago e colocar a prosa em dia, muitas vezes acompanhado de alguns aperitivos

Assim como os bistrôs representam a França, os pubs, a Inglaterra, as casas de tapas, a Espanha, as tascas, Portugal, o Rio de Janeiro tornou-se reduto dos botequins, alguns deles famosos em todo o mundo.

Antes mesmo da modernização dos hábitos, transformando-os em programas mais elegantes ou cults, eram representações de bairros ou grupos sociais: sambistas, intelectuais, políticos, ou simplesmente aquele local para “jogar conversa fora”, discutir o futebol do dia anterior, tomar mais uma e, sem noção de limites, lançar longos e cobiçosos olhares para as mulheres que se dirigiam ao trabalho, à escola ou simplesmente num doce balanço a caminho do mar.

Muitas vezes, frequentadores movidos pelos eflúvios etílicos ou pela obsoleta tradição machista nacional emitiam ruídos obscenos ou o indefectível “fiu-fiu”, diziam gracejos de mau gosto, camisa semiaberta, coçando a barriga, palito no canto da boca… – Ô, gostosa!…, para a fúria justa das meninas diante da agressão. Aqueles mais “elegantes utilizavam frases tão clichês que por vezes conseguiam roubar algum sorriso contido no canto da boca.

Se uma formiguinha te picar, não se assuste, porque você é um doce!

É errado falar com você sem te conhecer. Mas eu sempre tive uma queda por erros.

Você tem um mapa? Acabei de me perder te olhando.

Não fique triste, fique comigo!

Eu sabia que te conhecia de algum lugar… Dos meus sonhos!

É possível que a expansão dos botequins esteja associada às mudanças ocorridas na cidade do Rio de Janeiro, principalmente após as grandes reformas urbanas promovidas pelo Prefeito Pereira Passos, na primeira década do século XX.

Na nova região central, além dos botequins, surgiram cafés e confeitarias para atender à pequena burguesia que saía às ruas, circulando pela Ouvidor e vizinhança. Nos bairros das regiões norte ou sul, armazéns proliferavam para abastecer a clientela e alguns tornavam-se também botequins populares, alguns deles no térreo de um sobrado, cujo pavimento superior era residência do proprietário.

Muitos adotavam o antigo esquema do lote estreito colonial, onde o comércio ficava à frente e a moradia aos fundos, junto ao quintal, reduto familiar com roupas quarando ao sol, um discreto galinheiro, senhoras lusitanas com seus sotaques e suas rezas para quebranto ou espinhela caída, avós Marias, Manuelas, Adelaides, uma para cada recordação.

Internamente, dependendo da área útil do salão, era possível encontrar poucas mesas de pés de ferro ou madeira, tampos de mármore, que também compunha o balcão principal. Na parede de fundo, prateleiras dividiam o espaço com aquelas tradicionais e inesquecíveis geladeiras à feição de pequenos frigoríficos, com suas pesadas portas de madeira e trincos dourados a estalar quando movimentados, precedendo o baque no ato de fechar.

Inesquecível o aroma do vinho ou jurubeba retirados dos barris, do torresmo ou porções de linguiça fritos… Atrás dos balcões, Antonios, Joaquins, Manoéis, Fernandos, muitos com suas camisetas brancas ou a extinta camisa garrafeiro, lápis na orelha e pano no ombro, para a eterna limpeza dos mármores polidos pelo uso.

Além daqueles do bairro de infância, alguns providos até de um telefone preto de fichas, cujo sinal demorava a eternidade e um dia, mas era salvação de toda vizinhança, com o passar dos anos e o gradativo aumento da distância de casa, outros horizontes surgiam.

Muitos botequins tornaram-se referência cultural, transformando-se em bares e restaurantes, confundindo-se com a própria história boêmia da cidade. Um desses, que tive a satisfação de conhecer em seus primórdios, foi o Bar Adonis, em Benfica, famoso pelos seus bolinhos de bacalhau e cerveja gelada, reduto de jogadores de futebol na década de 1970, muitos craques que não posavam de celebridades instantâneas; na Lapa, o Bar Brasil, fundado em 1907, além do cardápio usual, oferecia comida alemã; no mesmo bairro, com mais de 70 anos de existência, a Adega Flor de Coimbra, com seu vinho para acompanhar o  bolinho de bacalhau charutinho, nem por isso menos crocante;  em Santa Tereza, o Armazém São Thiago, botequim como atividade, desde a década de 1920 atendia à clientela; na terra da velha guarda do samba, Oswaldo Cruz, o Bar Sobral era o reduto da cultura suburbana; em Ramos, desde a década de 1970, o Bar da Portuguesa oferece seus saborosos petiscos; fundado em 1874 no Largo do Machado, depois mudando o endereço, estava o Bar Lamas, a casa que a tradição atribuía não ter portas, pois nunca fechava….

Afinal, cantava Nara Leão, o samba de Zé Kéti e Hortêncio Rocha

Em qualquer esquina, eu paro
Em qualquer botequim, eu entro
E se houver motivo é mais um samba que eu faço

Algumas casas resistiram ao tempo, às novidades da contemporaneidade. No entanto, surgiu a concorrência dos simulacros de botequins, competições de suas comidas, cópias da forma, mas jamais do conteúdo, pois naqueles originais, com todo o saudosismo, estava o genius loci. Aquele espírito do lugar é irreproduzível, identidade que falta nestes novos cenários superficiais, ambientes destinados a mais uma opção de lazer, sem uma arraigada relação entre seus frequentadores, sem a pinga pro santo, com denominações que incorporaram apelidos consagrados como pé-sujo, bunda-de-fora, senta-em-pé.  Se apropriam da imagem como produto de consumo, no entanto não mais contam com aquele balconista com a camisa garrafeiro, vasta bigodeira e pano de prato no ombro, para quem chegávamos e pedíamos diretamente: o de sempre!

Ação resgata cães e gatos que viviam com mulher em casa infestada de lixo no Jardim Botânico

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Nesta quinta-feira (09/06), a Subprefeitura da Zona Sul coordenou uma ação para esvaziar a casa de uma acumuladora no bairro do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. No local, uma espécie de casa com dois pavimentos, uma senhora, proprietária do imóvel, mora em meio a muita sujeira, misturada a fezes de 15 animais (onze cachorros e dois gatos) que sua mãe, falecida há cerca de um ano, pegava nas ruas e levava para casa para cuidar.

Segundo vizinhos, que pediram ajuda a Prefeitura do Rio e fizeram questão de acompanhar a ação, a senhora é uma espécie de acumuladora de coisas e animais. Eles disseram que a situação do imóvel já era deliciada quando a mãe era viva, ela era protetora dos animais e pegava todos os bichinhos que encontrava nas ruas e levava para casa para cuidar. Mas depois de seu falecimento, a situação de sujeira e insalubridade piorou bastante.

Passamos a sentir o cheiro ruim de longe e os cachorros estavam sempre latindo, como se quisessem ajuda”, Desabafou uma moradora do entorno que preferiu não se identificar.

De acordo com outra vizinha, que também acompanhou os trabalhos, o que motivou a denúncia e o pedido de ajuda foi a possibilidade de sofrimento dos animais, mas hoje ao entrar no local junto as equipes da prefeitura, ela verificou que a situação era bem mais grave.

Nunca vi algo parecido, realmente precisamos ajudar, não somente os animais que estão sofrendo, mas também essa senhora que não pode continuar vivendo no meio de tanta sujeira“, disse outra vizinha que também preferiu não se identificar.

Ao entrar no imóvel, as equipes se depararam com uma situação muito delicada e insalubre, mal era possível pisar no chão de tantas coisas espalhadas. Muitos baldes cheios de água parada também estavam espalhados pela entrada do imóvel que apresentava fezes de cachorro e gato por toda a parte. Segundo o responsável da Comlurb, serão necessários pelo menos uns dez caminhões para retirar toda a sujeira espalhada pela casa.

Acumuladores são pessoas reconhecidas por reunir excessivamente objetos ou animais domésticos de forma desordenada e desorganizada. Geralmente vivem em locais com déficit de higiene, de autocuidado do corpo e do ambiente habitacional interferindo na sua qualidade de vida, de sua família e da comunidade onde vive. Na comunidade há potencial de risco para ocorrência de algumas endemias transmitidas por vetores, hospedeiros, incômodos e peçonhentos.

  • Tendo em vista a insalubridade do local tivemos que entrar em ação e mobilizar nossas equipes para interferir nessa situação. Os animais serão recolhidos e encaminhados para o abrigo para receber os cuidados necessários e a dona do imóvel está sendo atendida pela Secretaria de Assistência Social. Esperamos com a ação de hoje resolver esta situação que já incomodava e gerava incomodo a todo o entorno“, afirmou o subprefeito Flávio Valle.

Permutas imobiliárias não geram imposto a pagar, define a União

O mercado imobiliário tem sido afetado há anos por um entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que o contrato de permuta (troca) não deve ser equiparado, na esfera tributária, ao de compra e venda, uma vez que a a troca de um imóvel por outro bem não registra nenhum tipo de lucro. Segundo esse entendimento, há apenas uma substituição de ativos, conforme argumento a advogada e diretora da  Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-ES), Marianne Rios Martins, no jornal A Gazeta (ES). E se foram trocados um pelo outro, este é um claro indício de que possuem valores equivalentes.

No que diz respeito à permutas imobiliárias, o STJ tem decidido de forma favorável à existência de tributação (impostos) em casos em que há uma torna – complementação financeira de parte do valor da permuta – e, mais especificamente, a tributação deve recair apenas sobre a parcela complementar, e não sobre a parte permutada.

No entanto, um precedente gerado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, através do Despacho PGFN nº 167, publicado em 11.04.2022, consolida o entendimento favorável aos contribuintes, através do estabelecimento de duas orientações importantes para o encerramento de tal discussão. Antes, apesar de a justiça entender que não incide imposto, mesmo assim a Procuradoria tentava judicialmente conseguir que o imposto fosse pago!

A partir da nova normativa, os procuradores fazendários estarão finalmente desobrigados de oferecer contestação, contrarrazões ou recorrer. Eles, no entanto, devem apresentar desistência dos recursos já interpostos, em processos que tratem sobre a equiparação ao recolhimento de tributos na permuta de imóveis e contratos de compra e venda por empresas do setor imobiliário, uma vez que não devem ser reconhecidas como receitas ou rendas tributáveis IRPJ, CSLL, COFINS ou  PIS, por empresas optantes pelo lucro presumido. É uma grande vitória para o setor.

Com o novo entendimento da Procuradoria, os auditores da Receita Federal não poderão constituir novos créditos tributários ou lavrar autuações fiscais, com exceção dos casos onde haja comprovação mediante apresentação de documentos no sentido contrário ou nas situações em que haja uma parcela complementar na permuta, a tal “torna”.

O Despacho PGFN, dessa forma, estabelece uma maior segurança jurídica, especialmente, para as incorporadoras e para os loteadores que abrem uma Sociedade de Propósito Específico (SPEs), em suas operações, para permitir que a empresa receba do proprietário o terreno, permutando futuras unidades residenciais no próprio empreendimento. A medida evita que o empresário fique sem dinheiro e, ainda permite o recolhimento dos tributos pelo lucro presumido.

O PGFN possibilitou, ainda, que as empresas que tenham recolhido os tributos anteriormente mencionados na permuta, nos 5 últimos anos, requeiram restituição ou compensação dos valores indevidamente pagos.

Roberto Anderson: O Serro

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O Rio de Janeiro é a minha casa, o lugar em que gosto de estar, que busco conhecer mais e mais, e para o qual dedico boa parte das minhas energias. Mas o Serro, em Minas Gerais, é a minha origem. Não é a cidade onde nasci, mas sou fruto da diáspora serrana. O apego a uma cidade que está na origem da sua família é algo muito forte, que num país de muitas mudanças, nem todos podem experimentar.

O Serro sempre esteve nas conversas da família, saudosa por ter ido buscar oportunidades de trabalho em cidades maiores. Sei das denominações que o Serro já teve. Sei do frio que era adicionado ao seu nome, da nobreza do antigo título de Vila do Príncipe, e da nomeação indígena para o lugar: Ivituruí. Sei da Serra do Espinhaço, onde a cidade se localiza. Sei da negra Jacinta de Siqueira, que teria descoberto o ouro que deu origem à cidade e deixado larga descendência. E sei das histórias dos personagens pitorescos, como a do Silvio Picolé, que ganhou essa alcunha depois de trazer de muito longe um picolé no bolso, novidade para a cidade, mas que já chegou derretido.

O Serro tem festas populares que são o orgulho da sua gente, como a Festa de N. Sra. do Rosário, com seus caboclos, marujos e catopês, ou a Festa do Divino, com a coroação do Imperador e da Imperatriz. O Serro tem um queijo que nenhum outro lugar tem. O Serro é uma cidade da corrida do ouro, que já conteve Diamantina, que tem igrejas e casario colonial e uma autoestima que a faz atravessar em paz a longa decadência. 

Quando caminho pela cidade, e piso o seu calçamento irregular em pé-de-moleque, penso nas andanças de minha mãe por essas ladeiras e becos, desafiando o conservadorismo local. Penso em todos os amigos que aqui fez e na sua entronização como Rainha do Avante, antigo time de futebol da cidade. Penso nela sendo disputada para formar par nos bailes do clube, exímia dançarina que foi. E penso também nos olhares de reprovação por sua independência em meio a uma sociedade patriarcal.
O Serro é uma cidade negra. A maioria das pessoas que se vê nas ruas do Serro é de negros e mestiços, antes humilhados e contidos em espaços subalternos, mas hoje ocupando postos mais diversificados e à frente de pequenos negócios. É provável que a elite de fazendeiros ainda seja branca, mas a festa que dá orgulho à cidade é negra. 

O Serro não alcançou a prosperidade de Ouro Preto, mas legou ao Brasil juristas e políticos, como os Ottoni, Pedro Lessa e Edmundo Lins, e grandes artistas do período colonial, como o Mestre Valentim e o maestro Lobo de Mesquita. Por ter ficado isolada do progresso, a cidade conservou seu Patrimônio, tendo sido tombada pelo Iphan em 1938.

De tempos em tempos retorno ao Serro. Lá descobri o footing noturno na praça, ingênua forma de flerte que não mais existe. Lá vi pela televisão o homem pisar na lua. Lá dancei com os caboclos da festa do Rosário. Lá conheci as diversas casas que um dia meus familiares habitaram e as ruas que trazem nomes de antepassados. Lá fui apresentado a primos distantes. Lá reconheço de onde vim.

Retrofit de prédios abandonados atrai fundos de investimento bilionários

O rentável mercado de retrofit é uma das apostas da Jive Investments para os próximos anos. De olho no déficit habitacional de 5.8 milhões de moradias, segundo um levantamento da Fundação João Pinheiro, a empresa vê no retrofit uma das soluções para a eterna crise de habitação no Brasil. Atualmente, a Jive conta com mais de 1.000 imóveis em sua carteira. Cidades como o Rio, Salvador e São Paulo, que vêm aprovando grandes projetos de revitalização de suas regiões centrais históricas, começam a ser alvo de empreendedores como a Jive.

A Jive, por exemplo, trabalha com ativos estressados (distressed assets), com foco na originação, aquisição e recuperação de créditos, imóveis e outros ativos ilíquidos, e adquiriu 5 prédios abandonados ou subutilizados no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Salvador, em Nova Iork, na região do Queens. As informações são do site The World News Brazil. Estes fundos têm como alvo edifícios que possuem grandes débitos ou que precisam ser vendidos rapidamente por seus donos.

As construções vão passar por uma requalificação, além de serem retrofitadas, para que os edifícios fiquem disponíveis para a locação ou venda como unidades residenciais. O retrofit é o aproveitamento da estrutura e da fachada, com a renovação de todo o resto, deixando o prédio absolutamente novo.

Após a aprovação, pelas prefeituras do Rio e São Paulo, de leis de incentivo com descontos no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que permitem a recuperação e a requalificação de imóveis abandonados em residenciais, na região central das cidades, o segmento se tornou mais atraente aos olhos dos empreendedores. No caso do Rio de Janeiro os benefícios são muito maiores; incluem ganhos de metros quadrados para serem utilizados em construções em bairros mais valorizados, a possibilidade de se adicionar mais um andar comum, e a dispensa de vagas de garagem.

Para a Jive, os investimentos em projetos de retrofit representam aproximadamente 5% dos R$ 8,2 bilhões, sob a sua gestão. A empresa usou os recursos do fundo Jive Distress III para adquirir os 5 edifícios. O Distress III foi lançado, em 2020, e levantou R$ 4 bilhões, dos quais 75% já foram investidos.

Dois prédios já foram entregues pela Jive: o Queens, em Nova Iorque; e o Edifício Capemi, no centro de Salvador. O primeiro, entregue em maio, está com os primeiros contratos de locação em fechamento. Já o Capemi, que passou por obras nos últimos 6 meses, será entregue em julho. Salvador tem experimentado grande progresso turístico com a revitalização de edifícios abandonados no entorno da Avenida Chile, como foi o caso do Fera Palace Hotel e do Fasano Hotel, que funciona no prédio onde funcionava o jornal A Tarde.

Assim como a Jive, outras empresas e fundos também estão de olho no segmento. É o caso da Mogno que, em 2018, captou R$ 70 milhões para um fundo exclusivamente voltado para o retrofit de imóveis no centro de São Paulo: o FII Mogno Real Estate Impact (MGIM11). As empresas Illion Partner e Valora Investimentos também atuam no segmento. É sabido que a Mogno busca prédios na região do Centro do Rio, dizem fontes do mercado imobiliário.

Mas nem tudo são flores neste mundo de ativos estressados e benefícios fiscais. Recentemente a Capitânia Investimentos se desfez do prédio do Largo de São Francisco, 34, com mais de 8.000m2. Segundo fontes da prefeitura, a venda do prédio por cerca de 7 milhões se reais teria sido inviabilizada por uma avaliação da municipalidade, para fins de pagamento de Imposto de Transmissão, em mais de 80 milhões de reais: mais de dez vezes mais do que seu preço real de venda. A avaliação absurda da prefeitura inviabilizou o projeto, além de ter contrariado ordem do Superior Tribunal de Justiça, que obrigou as prefeituras a cobrar o imposto – que no Rio é de 3% – sobre o valor real das transações.Não adianta a Fazenda Municipal achacar o investidor que o Planejamento Urbano luta tanto para conquistar.”, disse ao Diário um famoso e atuante investidor imobiliário carioca.

Em maio, a Jive e a Mauá Capital, de Luiz Fernando Figueiredo, celebraram um casamento no qual as gestoras vão administrar mais de R$ 13 bilhões em ativos.

Cabral aparece bronzeado e sarado em audiência no Tribunal de Justiça

Nesta quinta-feira, 09/06, Sergio Cabral apareceu em uma audiência realizada no TJ-Rio de uma forma que nem parece que está preso. Todo menino do Rio, o ex-governador surgiu de cabelo bem cortado, bronzeado e com o braço malhado sobressaindo por baixo de uma camisa de malha azul escura e apertadadinha. A expressão é a famosa “cara boa”, jeito de quem está voltando de férias.

Cabral foi depor em um dos processos em que responde por improbidade administrativa.

Nesta segunda-feira, a juíza Alessandra Bilac Moreira Pinto, da 42ª Vara Criminal da Capital, manteve a prisão preventiva do ex-governador, acusado de garantir ao ex-procurador-geral da Justiça Claudio Lopes o recebimento de propina em troca de informações privilegiadas e de indevida ingerência em investigações no âmbito do Ministério Público.

No processo, Cabral é acusado de ter pago R$ 7,2 milhões em propina a Claudio Lopes.

A defesa de Sérgio Cabral pediu a revogação de prisão preventiva, entre outras alegações, sob o argumento de que a segunda instância da Justiça estadual era incompetente para processar o caso. Os advogados de Cabral também alegaram como razão do pedido a revogação da prisão do corréu Claudio Lopes, que seria o verdadeiro protagonista dos crimes atribuídos no processo.

Bangu Shopping recebe edição especial da Feira das Flores para o Dia dos Namorados

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Entre os dias 10 e 12 de junho (sexta a domingo), o Bangu Shopping recebe uma edição especial da Feira das Flores Dia dos Namorados. Entre as opções para surpreender os apaixonados estão buquês especiais, diversas espécies de plantas, folhagens e flores ornamentais, bonsais, terrários, arranjos com flores desidratadas, suportes em madeira para plantas e flores, cactus, suculentas, suportes decorativos em macramê, vasos decorativos, além de muitos outros acessórios para decorar e cultivar plantas e flores.

O evento mensal colaborativo é uma parceria com a Secretaria de Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Escritório de Inovação, e reúne agricultores e artistas florais que cultivam diversos tipos de plantas em diversos municípios do estado do Rio de Janeiro. Além de aproximar produtores e consumidores, o projeto incentiva a produção de flores para a geração de receitas, em uma economia sustentável e criativa.

Participam desta edição especial do evento os expositores Bemzem, Cris Arts, Art’s Caiçara, Trevo Store, Florabambuu, Boutique das Flores, A Bela do Deserto, Babi Flower, Nans Flores e Ateliê 7.

O evento será realizado no 1° piso, próximo ao Restaurante Manolo, e tem visitação gratuita, sexta e sábado, das 10h às 22h, e no domingo, das 11h às 21h.

Feira das Flores – Edição Dia dos Namorados – Bangu Shopping
Datas
: de 10 a 12 de junho (sexta a domingo)
Horário: sexta e sábado, das 10h às 22h, e no domingo, das 11h às 21h
VISITAÇÃO GRATUITA

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Mesmo sob investigação, Magé inicia série de shows pelo aniversário da cidade

Nesta quinta-feira (09/06), a cidade de Magé, na Baixada Fluminense, completa 457 anos. A festa de aniversário, paga com dinheiro público pela prefeitura, começou nesta quarta-feira (08/06), mesmo sob investigação do Ministério Público. São ao todo quatro dias de festa, até sábado (11/06).

A atração da primeira noite foi o sertanejo Gusttavo Lima, que vai receber pelo show R$ 1 milhão. A apresentação foi num terreno preparado para a festa, no distrito de Piabetá. Também teve show de Rômulo e Ricardo e do DJ Zulu, que são artistas da cidade.

O custo total dos shows é de R$ 1,5 milhão, um valor acima do previsto pelo município para vários setores ao longo de um ano inteiro. Nesta quinta-feira (09/06), tem pagode com Belo. O show vai custar à prefeitura R$ 180 mil. Na sexta (10/06), é a vez de Marcelo Falcão. A apresentação vai custar mais R$ 180 mil. E no sábado (11/06), tem show gospel de R$ 75 mil e da Comunidade Shalon por R$ 70 mil.

Além disso, ainda há os gastos com a estrutura da festa, com montagem e desmontagem dos palcos, aluguel de banheiros químicos, som, luz e até fogos de artifícios. A Prefeitura de Magé não divulgou esses valores. Foi feito um pregão para selecionar uma empresa, com valor previsto de R$ 9,3 milhões, mas o município disse que nem tudo vai ser gasto na festa porque o contrato é de 12 meses.

Ao portal de notícias “g1”, a Prefeitura diz que a festa de aniversário vai ser paga com o dinheiro dos rendimentos do que o órgão recebeu com a privatização da Cedae e que os gastos estão no Portal da Transparência, mas não indicou em que local eles estão discriminados.

O Ministério Público abriu um inquérito civil para apurar supostas irregularidades referentes aos gastos com a festa de aniversário de Magé. O órgão disse que já está analisando as documentações entregues pela Prefeitura.

Jardim Botânico completa 214 anos e inaugura exposição da primeira palmeira-imperial plantada no Brasil

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Na próxima segunda-feira (13/6), o Jardim Botânico do Rio de Janeiro completa 214 anos de fundação. As atividades de comemoração incluem a abertura da exposição do estipe da palma mater (primeira palmeira-imperial plantada no país), lançamento da Trilha das Palmeiras e do programa EcoMuseu. Além disso, haverá um parabéns com bolo no Centro de Visitantes.

Em 1972, a palmeira-imperial, que contava então com 38,7 metros de altura e 163 anos de existência, foi fulminada por um raio. Após tentativas de salvamento, sem sucesso, parte do tronco foi recolhido e tratado, sendo posteriormente integrado ao Acervo e Memória do JBRJ. A partir do próximo dia 13, a peça, que remonta às origens do Jardim Botânico do Rio, estará em exposição pública no Centro de Visitantes.

Espécie símbolo do Jardim Botânico do Rio, a palmeira-imperial (Roystonea oleracea) teve seu primeiro exemplar plantado em 1809 no arboreto. A semente foi presenteada a Dom João, que fundou a instituição em 13 de junho de 1808. A partir da palma mater e suas descendentes, a espécie se espalhou pelo Brasil. Em 1973, no lugar da palma mater, foi plantado outro exemplar, chamado de palma filia, oriunda de uma semente da palmeira original. A filia está localizada ao lado do busto de bronze de Dom João, fundido, em 1908, pelo escultor Rodolfo Bernadelli, inspirado em gravura de Debret.

Ainda na segunda-feira, será lançada a Trilha das Palmeiras, que, naquele dia (13/6), poderá ser feita, gratuitamente, pelos visitantes. A coleção de palmeiras do Jardim Botânico do Rio vai muito além das palmeiras-imperiais. Existem no arboreto 15 canteiros especialmente dedicados às espécies da família Arecaceae, área chamada de Palmettum. Das cerca de 2.600 espécies conhecidas mundialmente para essa família, aproximadamente 190, com 1.780 exemplares, estão representadas nesses canteiros temáticos. Coqueiro, dendezeiro, palmito-juçara, açaí, entre outros, são alguns exemplos pertencentes ao grupo das palmeiras. Ao longo da trilha, serão interpretadas 21 espécies da família Arecaceae.

O programa Ecomuseu reunirá e organizará o acervo da instituição a partir de sete núcleos: Sítios Arqueológicos, Coleções Vivas, Conjuntos Paisagísticos, Monumentos, Obras de artes, Pesquisa e Ensino. Com o programa, o JBRJ resgata, integra e promove seu rico acervo histórico, científico e cultural.

Serviço – Programação em comemoração aos 214 anos de fundação do JBRJ

Segunda-feira, 13/6

10h – Lançamento da Trilha das Palmeiras. Inscrições gratuitas pelo telefone (21) 3874-1808 ou cvis@jbrj.gv.br. Ponto de encontro: Centro de Visitantes.

14h – Abertura da exposição do estipe da palma mater, lançamento do programa EcoMuseu e “parabéns para o Jardim”, com bolo oferecido aos visitantes, no Centro de Visitantes. Logo após, os visitantes serão convidados a percorrer a Trilha das Palmeiras.

Valor da entrada no JBRJ

Visitantes residentes na Área Metropolitana do Rio de Janeiro: R$ 17,00

Visitantes residentes no Brasil: R$ 27,00

Visitantes estrangeiros Mercosul: R$ 50,00

Visitantes estrangeiros: R$ 67,00

Crianças de até 5 anos têm gratuidade. Pessoas com mais de 60 anos, com deficiência, estudantes, entre outros, pagam meia entrada.

Rua Jardim Botânico, 1008.