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Operação apreende mais armas brancas em poder de moradores de rua em Copacabana

Uma operação integrada por órgãos do Governo do Estado do RJ, com agentes do 19º BPM, Copacabana Presente e Superintendência da Zona Sul (SEGOV), apreendeu, nesta sexta-feira, (03/06), facas de combate e outros objetos cortantes com suspeitos que viviam entre pessoas em situação de rua em Copacabana.

Tem se tornado cada vez mais comum mendigos portando garfos cortados, que se transformam em armas brancas afiadas e perigosas. O foco da operação era o combate ao consumo de crack e aos delitos que são cada vez maia praticados por marginais na região.

“Estamos atuando permanentemente através dessas ações para proporcionar o melhor nível possível de tranquilidade para a população. É uma missão diária percorrermos os pontos mais vulneráveis do bairro para retirar do espaço público marginais infiltrados entre as pessoas que vivem nas ruas”, afirmou Marcelo Maywald, superintendente da Zona Sul (SEGOV).

Durante a operação, 35 pessoas foram abordadas pelos agentes. A Polícia relata que a maior parte delas tinha passagens por tráfico de drogas, furto e roubo. Foram apreendidos com suspeitos, faca e outros objetos cortantes.

A ação ocorreu nas principais ruas do bairro: Siqueira Campos, Santa Clara, Tonereiros, Figueiredo Magalhães, Barata Ribeiro, entre outras vias do bairro

Participaram da operação: 19 BPM (comandante Cel. Antônio Ludogero, subcomandante Cel. Marcos Paulo), Copacabana Presente (comandante cap. Rosenberg) e Superintendência da Zona Sul – SEGOV (Matcelo Maywald).

Barra da Tijuca terá festa junina ‘diferentona’ com comida vegana e pagamento via moeda digital

As inovações e tendências do mundo moderno invadiram as festas juninas cariocas. Uma delas, que será realizada no shopping Downtown, promete reunir iguarias veganas e pagamento via criptomoedas. Serão três dias de festa gratuita na feira Vida Liberta, com ações de sustentabilidade, veganismo, gastronomia, moda e saúde na Praça Central do Downtown, dias 10, 11 e 12 de junho – sexta, sábado e domingo, das 13h às 21h, na Barra.   

Em paralelo às atividades, mais de 50 expositores apresentarão gastronomia inclusiva com quitutes juninos em versão vegana como quindim, arroz doce, paçoca, “coelho quente”, cerveja artesanal e presentes lindos para os namorados como cosméticos naturais, acessórios, moda feminina e masculina e artesanato que poderão ser comprados com Bitcoins. A festa será a primeira feira de eventos a aceitar e incentivar o uso da moeda digital. O arraiá “diferentão” ainda terá, claro, forró, oficinas, e brincadeiras infantis.

0 10 Barra da Tijuca terá festa junina 'diferentona' com comida vegana e pagamento via moeda digital
Quindim de maracujá vegano (Foto: Divulgação)

Agenda de Festas Juninas no Rio de Janeiro 2022

Somos conectados com a liberdade e a criptomoeda é a moeda livre”, crê Gustavo Goldani explicando a decisão inédita de aceitar o pagamento e de estimular os consumidores a pagarem via bitcoin.

“Um dos propósitos da Vida Liberta é abrir espaço para pequenos produtores e expandir as formas de circulação monetária faz parte desse processo de fortalecimento deles”, define,

Gustavo é um dos criadores da feira ao lado da irmã, a nutricionista Catarina.  Essa inovação se soma a outras que o evento trouxe como a inclusão da pauta ESG (Environmental, social and Governance, sigla em inglês de Meio ambiente, social e governança) desde 2017, no universo de eventos, o banimento do uso de embalagens plásticas, o uso de copos retornáveis, a premiação de expositores que reciclam e a gestão de resíduos produzidos na feira.

Filhos de médicos, os dois irmãos estimulam em seus eventos, chamados de eventos de alta vibração, hábitos saudáveis e inclusivos (não servem frituras, oferecem alimentos sem glúten e sem lactose, estimulam atividades físicas como yoga e skate), e promovem a fusão com o lúdico e o espiritual oferecendo ao público atendimento de terapeutas holísticos, palestras sobre o tema e atividades educacionais para crianças.  

A feira é pet friendly e quem quiser, pode trazer seu pet ou sair com um, 

Quem quiser pode trazer seu pet para passear e, para quem quiser dar match com um amigo novo, teremos stand de adoção de filhotes organizado pelo projeto Entre Pegadas, que dá auxilio e abrigo a animais abandonados”, sintetiza Gustavo Goldani.

Veja a programação:

Sábado  16h – Oficina Prática de Horta Urbana com o coletivo CULTIVA e Viveiro Porto Seguro.  Oficina  para  botar a mão na terra e se divertir com a Natureza. Aula sobre agroecologia no contexto urbano enfatizando a forma como produzimos nossos alimentos associada a uma atividade didática de plantio em vasos com diferentes espécies consorciadas e dicas sobre compostagem.

O Viveiro Porto Seguro atua desde 2014 em oficinas de plantio e produção agroecológica de alimentos, campanhas de ocupações urbanas de agrofloresta, implementação e consultoria de hortas e SAFs e serviços de poda em altura. O CULTIVA (Centro Urbano de Lazer, Tecnologia, Inovação e Valores Ambientais), localizado na Joatinga, é um laboratório de experimentação em tecnologias regenerativas de Permacultura, Agrofloresta e Bioconstrução.

Domingo 16h Brincadeira Barangandão. A arte educadora, Juliane Oliveira, vai ensinar a brincar com o Barangandão ou Torpedinho, um brinquedo de origem mineira feito folhas de revista, papel crepom ou jornal e barbante. Ao girar o brinquedo, o movimento o faz parecer um arco-íris. O brinquedo é popular no Nordeste sendo lançado ao céu nos festejos Juninos por crianças de todas as idades. Juliane é também pesquisadora da brincadeira como ferramenta lúdico cultural, estudante de pedagogia e mãe. 

Sábado e Domingo 18h30 Música ao vivo – Show de Forró com o músico Emmano e sua banda.

Serviço:

Feira Vida Liberta
Local: Downtown – Barra
Data: – 10, 11 e 12 de junho – Sex, Sáb, Dom
Horário:13h às 21h

Atrações:  
Gastronomia vegana, saudável, inclusiva.
Stand com moda, acessórios, artesanato, kombucha, decoração, cosméticos.
Oficinas de horta e de brinquedos
Música ao vivo com Emmano e banda

lapa dos mercadores 2024 Barra da Tijuca terá festa junina 'diferentona' com comida vegana e pagamento via moeda digital

Ação internacional de reciclagem de latas chega à praia de Copacabana neste fim de semana

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Programado para acontecer simultaneamente em 19 países e no Brasil, a ação “Recycling Tour” do programa Cada Lata Conta (Every Can Counts), estará presente no Posto 4 da orla de Copacabana, neste fim de semana (04 e 05/06), das 9h às 18h. Catadores de materiais recicláveis irão percorrer a praia com as famosas mochilas coloridas de reciclagem, com o objetivo de mostrar às pessoas a responsabilidade de cada um com relação ao descarte adequado de resíduos. A ação também estará em locais como o Hyde Park, parque mais famoso de Londres, ou nas ruas de Paris, na França, e Florença, na Itália.

Justamente pelo potencial infinito de reciclagem, a lata de alumínio tem alto valor assim que acaba de ser consumida. Se for descartada de forma correta, dentro de 60 dias essa embalagem estará de volta às prateleiras dos supermercados. Exemplo mundial de economia circular, no Brasil, o índice de reciclagem da latinha está acima 95% há anos, e chegou a 98,7% em 2021.

Somos campeões mundiais de reciclagem de latinhas e queremos incentivar as pessoas a se preocuparem com os resíduos que produzem dentro e fora de casa”, explicou Cátilo Cândido, presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas).

Além do Brasil, também participam da iniciativa Áustria, República Tcheca, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Portugal, Itália, Bélgica, Luxemburgo, Montenegro, Holanda, Polônia, Romênia, Sérvia, Eslovênia, Lituânia, Espanha e Reino Unido.

Korman: A supervia e os desafios da recuperação do transporte ferroviário metropolitano

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Com Andrey Barbosa, administrador pela UFRRJ, associado ao movimento Livres e criador do perfil Rio de Janeiro YIMBY, que defende um maior adensamento urbano no Rio de Janeiro.

Depois de tantos dias com atrasos e intervalos irregulares, aparentemente o normal da supervia é ter a operação irregular. Seja por roubo de cabos, problemas operacionais ou acesso irregular à via, é cada vez mais difícil para quem depende do trem chegar no trabalho sem se atrasar. Em um eterno “vem aí”, a operação dos trens se mantém em níveis muito abaixo do desejável.

Acontece que nem sempre foi assim. Nos anos 1980, os trens metropolitanos chegaram a transportar um milhão de pessoas por dia – um marco que não foi repetido até hoje. Nos anos 1990, após a conturbada operação da Flumitrens, os trens entraram em colapso, chegando a transportar apenas 100 mil passageiros por dia.

É nesse contexto que nasceu a Supervia, após iniciativa do Governo do Estado em passar a concessão dos trens para operadores privados. A ideia era melhorar os serviços através de investimentos privados, com grandes promessas para a concessão, como reforma de estações, duplicação de trechos em via única como entre as estações de Gramacho e Saracuruna, além da reforma de trens.

Vinte e quatro anos depois, nem todas essas promessas se tornaram realidade. Além das reformas que não foram feitas, a qualidade da operação se deteriora a passos largos, com invasões diárias à via, construções irregulares, calotes e roubo praticamente diário de cabos, muitas dessas questões se tratando de violações claras ao contrato de concessão, que previa uma série de investimentos. Há de se perguntar: com tantas violações, o que foi feito pelo Governo do Estado?

No colapso da rede de trens, se destaca a total falta de ação por parte do Governo do Estado que, em tese, é o poder concedente. Como poder concedente, sua função é fiscalizar a sua correta execução, aplicando penalidades e até mesmo anulando o contrato de concessão, caso necessário. Apesar disso, tudo o que foi feito nos últimos meses se limitou à aplicação de multas, que muito provavelmente não serão pagas.

Justiça seja feita, o problema dos trens se cruza com uma série de outras questões, como a segurança pública nas comunidades e o impacto da pandemia nas redes de transporte coletivo. No entanto, novamente não houve ações concretas por parte do Estado para resolver esses problemas.

Na complexidade que representa a gestão de 270km de trilhos que atravessam toda a região metropolitana do Estado, é necessário que haja um planejamento integrado e coordenado para a execução de políticas públicas. De maneira que o Estado cumpra sua função de poder concedente, mensurando padrões de qualidade e estabelecendo punições ao concessionário em caso de descumprimento. Infelizmente, essa função não tem sido feita.

Além do Executivo, o Poder Legislativo também tem um papel essencial nesse processo, fiscalizando a conduta do poder executivo na relação com o concessionário. Nesse sentido, precisamos, na ALERJ, de deputados atuantes e sensíveis com a questão dos trens metropolitanos, que são fundamentais para gerar oportunidades e mais qualidade de vida para os cidadãos fluminenses.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

Museu da República inaugura exposição coletiva ‘Nem sempre dias iguais’

No sábado, (04/06), das 13h às 17h, será inaugurada a grande exposição coletiva “Nem sempre dias iguais”, com obras das artistas cariocas Bárbara Copque, Cláudia Lyrio e Yoko Nishio, no Palácio do Catete, Museu da República. Com curadoria de Isabel Portella, a mostra ocupa as três salas de exposições temporárias do Palácio com cerca de 68 obras, dentre pinturas, desenhos e fotografias, produzidas durante o isolamento social.

Os trabalhos tratam de temas cotidianos, para além da pandemia, como o nosso contato com o mundo através das telas, as relações interpessoais e o excesso de informações e imagens fragmentadas do nosso dia a dia.  “Os trabalhos resultam dos afetos provocados pelo período pandêmico em nossas pesquisas individuais”, dizem as artistas.

Antropóloga, a artista Bárbara Copque sempre teve a rua como interlocutora. Durante o isolamento social, no entanto, a porta passou a ser o seu contato com a rua, e ela produziu cerca de 800 fotografias a partir do olho mágico da porta de sua casa. Quinze destas fotografias, com 6,5cm de diâmetro para que o público também tenha a sensação de estar vendo através de um olho mágico, serão apresentadas na exposição.

Com obras em grandes dimensões, com tamanhos que chegam a dois metros de altura, a artista Cláudia Lyrio apresentará sete desenhos/pintura da série “Manuscritos de Si”, que relacionam imagem e escrita. Com textos autorais, cada tela pode ser vista como a página de um livro, com escritas em tinta acrílica, grafite, carvão, etc., com colagens de papel, tela e fitas. Nas telas, é possível ler os manuscritos, mas também pode-se ler a obra enquanto grafismo, textura e escala.

Isolada na casa de sua mãe, sem acesso a nenhum material artístico, nem mesmo papel, a artista Yoko Nishio começou a desenhar na própria mão com caneta esferográfica durante o início da pandemia, em trabalhos que fotografava e compartilhava com os amigos. Com centenas de fotos, a artista escolheu as 30 imagens feitas durante o mês de abril de 2020 para mostrar na exposição.

“Barbara Copque, Cláudia Lyrio e Yoko Nishio – três artistas que traduziram suas vivências durante a pandemia a partir de diferentes poéticas. São olhares que desafiam o medo e a angústia, criando possibilidades de fuga. Independente do momento, sempre existirá resistência, procura, erros e acertos. Mas certamente sempre haverá essa luta entre a luz e a escuridão, entre o medo e o prosseguir, que leva a propostas e entendimentos incríveis. É o que define a superação criativa, tão inerente ao feminino”, afirma a curadora Isabel Portella.


Serviço: Nem sempre dias iguais

Abertura: 4 de junho de 2021, das 13h às 17h

Exposição: até 25 de setembro de 2022

Local: Palácio do Catete, Museu da República – Rua do Catete, 153

Telefone: (21) 2127.0324

Dias: De terça a sexta, das 10h às 17h. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h.

lapa dos mercadores 2024 Museu da República inaugura exposição coletiva 'Nem sempre dias iguais'

William Bitar: Sobre quitandas e armazéns do Rio de Janeiro

O abastecimento urbano de gêneros alimentícios recebeu profundas transformações a partir das últimas décadas do século XIX, como resultado direto da Revolução Industrial.

O Brasil colonial utilizava as feiras livres, expressas no Regimento de Tomé de Souza, de 1548, que se perpetuaram pelos tempos seguintes:

E assim ordenareis que, nas ditas vilas e povoações, se faça em
um dia de cada semana, ou mais, se vos parecerem necessários, feira, a
que os gentios possam vir vender o que tiverem e quiserem, e comprar
o que houver mister.

Surgiram arraiais, vilas, cidades, com eles armazéns e as populares vendas providos de gêneros variados para atender às necessidades imediatas daquela população.

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Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis – a empresa que resolve contribui para a valorização da cultura carioca

Os hortifrutigranjeiros eram comercializados nas vias públicas, aos cuidados das negras quitandeiras, grupo reconhecido oficialmente pelo seu importante trabalho junto aos moradores que, diariamente, circulavam pelos espaços urbanos com seus tabuleiros, entoando rimas em seus pregões, alguns deles que vararam séculos.

Segundo o pesquisador Vieira de Freitas, o termo kitanda é originário da região centro-ocidental da África, utilizado para denominar suas feiras e mercados de rua, praticado quase exclusivamente por mulheres. Com a colonização portuguesa, o termo quitanda adquiriu significado semelhante, aplicado a feiras, mercados ou mesmo uma pequena loja e assim chegou ao território luso-brasileiro.

Armazem A Malta William Bitar: Sobre quitandas e armazéns do Rio de Janeiro

Com o crescimento das cidades e as medidas sanitaristas, atividades ambulantes foram severamente perseguidas e as necessidades de abastecimento fixo aumentavam à medida que os limites urbanos se expandiam, como ocorreu nos primeiros anos da República.

A cidade do Rio de Janeiro, na segunda década dos oitocentos, assistiu à ocupação de novas áreas, novas freguesias, um contingente carente de produtos cotidianos básicos, entre eles, os alimentos.

Nestes novos bairros cariocas reproduzia-se a prática dos antigos arraiais e algumas vendas eram implantadas, futuros armazéns de secos e molhados, com seus interiores de aspecto muito singular, que permanece na memória de gerações com mais de sessenta anos: portas altas, de enrolar, grandes sacos de grãos distribuídos pelo salão sobre piso de ladrilhos hidráulicos, um grande balcão de madeira, alguns com vitrine, com tampos de mármore, onde os produtos eram pesados, embrulhados, engarrafados ou simplesmente servidos em pequenos copos de vidro, para aquecer com uma boa cachaça, jeropiga, bagaceira, conforme o gosto ou as posses do freguês.

Nas paredes de fundo, gigantescos armários envidraçados, repleto de produtos variados, organizados conforme suas características. Uma escada de madeira, muito alta, apoiada num trilho horizontal superior, permitia o acesso do balconista, para o encantamento das crianças por aquela estripulia circense do trapezista do armazém.

Noel Rosa, em sua paródia Seu Zé, em 1935, criticava a prática de alguns proprietários gananciosos, cantando que viu num armazém de Cascadura, Seu Zé vendendo a mil e cem, trezentos réis de rapadura. No entanto, a maioria era tão amistosa que se tornava familiar, agregando o nome do dono ao estabelecimento. A confiança recíproca se revelava nas contas anotadas nos cadernos, quitadas semanalmente ou mensalmente pela assídua freguesia, ainda que os cartazes anunciassem que as “vendas eram à vista”.

Poucos estabelecimentos mantiveram aquela ambiência até as primeiras décadas do século XIX, como a Casa Lidador ou o Bar Flora, ambos fechados, ou a remanescente e tradicional Casa Paladino, uma feliz conjugação de armazém e botequim, todos no Centro do Rio.

No entanto, não era prática comum aos armazéns a comercialização de produtos frescos, frutas, verduras, ovos, às vezes queijo e leite, alguns poucos não perecíveis de primeira necessidade. Esta lacuna era preenchida pelas inesquecíveis quitandas da infância de muitos, de onde o quitandeiro levava cheiro e tomate, como cantou Monarco.

Mercearias Nacionais Bras de Pina Arquivo Nacional William Bitar: Sobre quitandas e armazéns do Rio de Janeiro

Por quase toda a cidade, cada bairro contava com a sua, muitas vezes próxima à padaria e um botequim da região. Esta tríade permaneceu por muitas décadas a atender pais, mães e avós numa emergência, fornecendo aquele fermento de última hora para o bolo prestes a entrar no forno, aquele litro de refrigerante dominical para uma visita inesperada, aquele tijolo de sorvete para aplacar o calor das noites suburbanas de verão.

No dia a dia, a quitanda era um verdadeiro suplício para a garotada, principalmente quando obrigada a interromper seus compromissos inadiáveis, como um pique-bandeira, carniça, jogos de botões ou tantas outras brincadeiras coletivas infantis, nas ruas arborizadas e pavimentadas por paralelepípedos, depois sufocadas pelo concreto dos playgrounds. Uma chamada solicitava os préstimos para meia dúzia de ovos de última hora, um ramo de coentro ou hortelã, meia dúzia de laranjas peras.

Mal-humorados, lá íamos nós até aquelas duas ou três portas, geralmente de um edifício térreo, com o comércio à frente e a residência aos fundos, junto ao quintal, onde morava o proprietário, sempre pronto a atender mesmo nos domingos e feriados.

Dinheiro enrolado na mão ou mesmo um aviso para incluir mais um débito no caderno de despesas da família, produto comprado e retorno às intermináveis distrações.

No início da década de 1950 houve a iniciativa de implantação do primeiro supermercado no Brasil, em São Paulo, denominado “Sirva-se”, na rua da Consolação.  Era o princípio da decadência daqueles estabelecimentos e o surgimento de um novo personagem urbano que, em curto prazo, se tornaria um dos protagonistas da sociedade de consumo.

Surgiram lentamente, com nomes sugestivos, precedidos de “Casas”, “Organizações”, indicando sua associação com a residência e seus antecessores. Sua aparência inicial remetia aos conhecidos armazéns, guardando um atendimento pessoal e produtos vendidos a varejo, por quilo ou unidade, diminuindo a desconfiança dos fregueses, futuros clientes, como seriam tratados em breve, quando a cidade, quase sempre autofágica, devorasse outro integrante para se identificar com ideais de progresso ou modernidade.

A Revista do Empresário, em sua edição de 1979, registrava que os Supermercados Disco foi uma das primeiras redes implantadas no Rio de Janeiro, com a inauguração da loja de Copacabana, em 1952, sucedida por outras empresas como as Casas da Banha, Mercearias Nacionais ou a dona de casa dos pegue-pagues do mundo, na voz de Raul Seixas, todas com atividades encerradas.

quitanda William Bitar: Sobre quitandas e armazéns do Rio de Janeiro

A propaganda maciça no rádio e na televisão, com jingles envolventes, anunciavam que tudo era planejado para proporcionar aos clientes “garantia de qualidade, rapidez, conforto e economia”, além da oportunidade inovadora de escolher seus próprios produtos dispostos nas gôndolas ou em balcões frigoríficos, colocados nos carrinhos de compras e encaminhados às caixas para pagamento unificado. Tudo num mesmo lugar, sem sequer cogitar os futuros supermercados digitais!

Vendas, armazéns, quitandas, com raríssimas exceções, tornavam-se personagens de memória, presentes em antigos álbuns da infância que ainda teimam em registrar até que se tornem apenas uma curiosa e efêmera peça de ficção em redes sociais, cujas denominações poderão sugerir um código cifrado de comunicação entre os mais velhos.

Turismo histórico é regulamentado no Rio de Janeiro

Áreas, municípios ou instâncias que tenham atrativos turísticos históricos já podem ser declaradas de interesse turístico estadual. É o que determina a Lei 9.702/22, de autoria do deputado Anderson Moraes (PL), que foi sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada na edição extra do Diário Oficial de quinta-feira, (02/06).

 A norma inclui o Turismo Histórico na Lei 921/85, que declara de interesse turístico no âmbito do estado áreas em que existam atrativos. Esta lei já contempla também rios e lagos como pontos naturais a serem preservados e destinados à realização de planos e projetos de desenvolvimento turístico.

O texto considera como de interesse para o turismo histórico os locais onde ocorreram grandes acontecimentos, do período anterior ao descobrimento do Brasil até a mudança da capital federal para Brasília.

“O Rio, que foi o centro e palco dos grandes acontecimentos históricos do país desde o período monárquico, carece de uma política no setor que valorize tal potencialidade e resgate a potência política e histórica do estado. Acredito que essa lei vai fortalecer nossa cultura e desenvolver ainda mais o turismo, que é tão importante para a economia e geração de empregos no estado”, afirmou o autor, deputado Anderson Moraes.

Rio de Janeiro passa a ter o Dia das Torcidas Organizadas

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O calendário oficial do Estado de Rio de Janeiro passará a ter o Dia das Torcidas Organizadas, celebrado, anualmente, em 13 de dezembro. A Lei 9.700/22 tem o objetivo de exaltar a união entre as torcidas e combater a violência nos estádios.

A data escolhida é uma referência à fundação da Associação Nacional das Torcidas Organizadas.

O texto foi publicado nesta quinta-feira (02/06) em edição extraordinária do Diário Oficial.

Não importa o time: as torcidas organizadas, quando se mobilizam e se aproximam por um bem maior, dão um exemplo de força a todo o público. E mostram ainda que o futebol é um esporte saudável e também um caminho para o desenvolvimento de nossos jovens”, declarou o governador Cláudio Castro, que sancionou a Lei.

Prazo de inscrição no programa Recupera IPVA RJ é estendido até o dia 31 de dezembro

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O prazo de inscrição no programa Recupera IPVA RJ foi prorrogado até 31 de dezembro de 2022. É o que prevê a Lei 9.703/22, sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada nesta quinta-feira (02/06) em edição extraordinária no Diário Oficial. A medida ajudará contribuintes fluminenses a quitarem suas dívidas relativas ao imposto, a partir da redução dos valores de multas e dos acréscimos moratórios, inscritos ou não em dívida ativa, ocorridos até 30 de novembro de 2020.

A iniciativa contribuirá ainda para que o Estado possa reaver créditos tributários, reforçando o caixa fluminense. Se não fosse alterado, o prazo para o pedido de ingresso no Recupera IPVA RJ se encerraria no dia 30 deste mês. As resoluções que detalham o programa, como o valor mínimo de cada parcela a ser paga, serão publicadas nos próximos dias.

O Recupera IPVA prevê quatro formas de pagamento dos créditos tributários e garante redução de até 90% dos valores das penalidades legais e acréscimos moratórios se o contribuinte escolher quitar os valores à vista (em cota única).

Para quem optar pelo pagamento em seis parcelas (mensais e sucessivas), o desconto será de 80% do montante devido. Em 12 cotas, a redução será de 70%, e em 24 vezes, o abatimento chegará a 60% sobre os valores totais.

Quilombo Fazenda São Benedito, em São Fidélis, é considerado patrimônio histórico do RJ

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Foi sancionada, com veto parcial, pelo Governador Cláudio Castro e publicada na edição extra do Diário Oficial desta quinta-feira (02/06) a Lei 9.704/22, de autoria da deputada Zeidan (PT), que determina que o Quilombo São Benedito, localizado em São Fidélis, seja reconhecido como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Rio de Janeiro.

A lei teve dois artigos vetados. O que proibia a descaracterização do imóvel foi retirado do texto sob o argumento de que ele viola o direito constitucional de propriedade. Já o que estabelecia penalidade pelo descumprimento da lei foi vetado com a justificativa de que essa é uma competência administrativa do Poder Executivo.

A fazenda São Benedito emergiu nos registros com a vinda do Barão de Vila Flor João Manuel de Souza e sua esposa. Essa fazenda foi uma das maiores e mais importantes do município de São Fidélis. Considerada uma fazenda modelo, construída em meio às densas matas, logo alcançou grande desenvolvimento econômico, sobretudo quanto à produção de açúcar. Além da grande escravaria, dos extensos canaviais, a fazenda São Benedito ficou também conhecida pela suntuosidade das recepções oferecidas em sua casa-sede”, justificou a deputada.

Apenas um terço dos cariocas mora próximo dos transportes de massa da cidade, aponta Instituto Rio21

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O Instituto Rio21 analisou dados do MobiliDADOS, instituição que fornece uma série de dados para a elaboração, monitoramento e avaliação de políticas de mobilidade. A análise verifica informações a respeito da mobilidade da população na cidade do Rio em determinados períodos.

Uma pequena parcela da população carioca está próxima de ciclovias, o que certamente é um incentivo ao uso de transportes motorizados e desestimula o uso de transportes alternativos, como as bicicletas. Note que houve um crescimento nesse percentual entre 2019 e 2021, mas ainda segue muito baixo:

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Em 2010, o tempo médio de deslocamento dos cariocas entre a cidade e o trabalho era de 46 minutos, e 25% da população demorava mais de uma hora no trajeto. Uma informação interessante é que o percentual de cariocas que moram próximos da rede de transporte de média e alta capacidade – como barcas, metrôs, BRTs e trens – ainda é baixo, e só passou a alcançar a faixa dos 30% a partir de 2014:

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Um dado animador é que a emissão de CO2 por habitante, resultante do uso de combustível, apresentou queda significativa entre 2013 e 2018. Podemos especular que isso se deva a um uso mais consciente dos meios de transporte no contexto da cidade do Rio:

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De forma geral, uma parcela pequena da população carioca está próxima dos principais meios de transporte, o que certamente tem influenciado negativamente no tempo de deslocamento entre casa e trabalho. Além disso, uma parcela ainda menor mora próxima a ciclovias, um desestímulo ao uso de transportes alternativos e menos poluentes.

Conforme a matéria publicada na última quarta-feira pelo Diário do Rio, onze linhas de ônibus voltaram a operar na cidade. Essa é uma evidência de que a prefeitura do Rio vem se esforçando na gestão dos transportes públicos, um problema latente no município. 

Em breve, o Instituto Rio21 lançará a 4ª edição da pesquisa de avaliação da gestão municipal, de modo que será possível analisar como esses esforços estão sendo avaliados pela população carioca.

Corrida WRUN acontece neste domingo no Aterro do Flamengo

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Neste domingo, (05/06), o Aterro do Flamengo será o início de uma corrida bastante especial exclusiva para mulheres. A WRUN, que nasceu em 2010, é uma grande festa para todos os estilos e perfis de corredoras. A prova é uma oportunidade para as mulheres mostrarem seu potencial e celebrar com as amigas esse momento de união e empoderamento feminino.

A corrida conta com percursos de 4k e 8k. Distancias perfeitas para que as corredoras façam sua primeira prova, evoluam dos 5k para os 8k, arrisquem na velocidade ou mesmo alternem caminhada e trote. O importante é se movimentar e aproveitar o momento, que vai contemplar ainda uma linda vista da orla carioca.

A largada e chegada do percurso será no Monumento aos Pracinhas no Aterro do Flamengo.

Apoiada pela Moove, empresa do Grupo Cosan e uma das maiores produtoras e distribuidoras de lubrificantes e óleos básicos do Brasil.


Serviço:

Local de Largada: Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo

Horários de largada: 7h30

Distâncias: 4k (caminhada e corrida) e 8k (corrida)

Piso: Asfalto

Local de Chegada: Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo

lapa dos mercadores 2024 Corrida WRUN acontece neste domingo no Aterro do Flamengo

Sonhando Acordado – Argentina: Hermanos, chegamos!

Nossos dias pelo Uruguai terminaram. Caminhamos pela Rambla Fray Bentos durante a manhã conversando sobre a quantidade de lugares fantásticos e experiências incríveis que tivemos a oportunidade de vivenciar nos últimos 15 dias. Passou tudo tão rápido e tão devagar, a sensação era mista, não tinha jeito. Estávamos muito felizes e tínhamos uma certeza: seguir adiante, muita coisa estaria por vir.

Enquanto aguardávamos o resultado dos exames PCR esvaziamos a geladeira. Buscamos consumir tudo o que tínhamos em casa para evitar algum problema de fronteira.

Já eram 17 horas quando saíram os resultados: negativados! Tudo nos conformes, poderíamos cruzar a fronteira. Após os trâmites burocráticos (declaração juramentada de entrada de cada um, PCR negativo em mãos, seguros de saúde, documentação do veículo e seguro carta verde) carimbaram nosso passaporte e pediram apenas para ver a parte interna da casa, sequer entraram. Tudo liberado, estávamos em solo argentino sem sofrer dos horrores migratórios e alfandegários que muitos gostam de exaltar.

Antes de chegarmos em Gualeguaychú (35km) tivemos um pedágio surpresa. Mas não era qualquer pedágio, foi o maior pedágio de toda viagem até agora! Pagamos o equivalente a R$56,25. Por sorte ainda tínhamos pesos uruguaios para segurar essa facada. Porém, ascendemos o alerta para as estradas argentinas, estávamos mal acostumados com as uruguaias, boas e sem pedágios.

Chegamos em Gualeguaychú no início da noite, precisávamos ainda trocar dinheiro, abastecer e encontrar um lugar para dormir. Conversando pelo caminho conhecemos nosso primeiro “Hermano”, um argentino mais do que simpático que estava a caminho do Brasil nos próximos dias para suas férias em família e nos acolheu, aceitando trocar um pouco de real por uma cotação aceitável de pesos, o suficiente para comermos e completar o tanque no nosso primeiro posto YPF da viagem. Mal sabíamos que em breve teríamos tanto carinho por eles que chamaríamos de nova casa!

Chegamos muito animados na Argentina e com algumas missões pós fronteira para cumprir.

Antes de começar, descobrimos uma loja de material de construção (Ferreteria Tutti) próxima ao YPF que dormimos para comprar uma mangueira e aumentar a que deixamos plugada na nossa caixa d’água para ganhar praticidade no dia a dia (2 metros – R$8,10). Estávamos tendo que fazer muita manobra com o veículo e por vezes não conseguíamos abastecer.

Depois fomos fazer câmbio. Após rodarmos um pouco atrás de um ponto do Western Union, encontramos uma casa de seguros com funcionários supersimpáticos e com internet para fazermos a transferência bancária. Uma dica importante é conferir sempre se a agência possui o montante que pretende sacar para não ter problemas, pois o saque parcial não é aceito ou não gera comprovantes. Aqui descobrimos a tradicional “siesta”, a loja e praticamente toda cidade fechou no horário do almoço e só retornou no meio da tarde (costuma ser entre 12:30 e 16:30).

Enquanto esperávamos a operação bancária e reabertura da casa de seguros, almoçamos em uma “rotisseria” indicada pelos funcionários. Um pequeno restaurante com comida caseira para viagem. Um choque positivo com relação aos preços que estávamos pagando no Uruguai, bem mais em conta!

Realizada a “siesta”, conseguimos efetuar nosso saque e partimos para missão número 2, chip do celular. Tivemos que esperar na porta da Claro a reabertura (acredite ou não ela só retornava às 16 horas). Apesar de mal atendidos, habilitamos os dois chips com bônus de ARS$350,00. O que não fez qualquer sentido para nós foi a carga máxima que se pode efetuar por vez: ARS$1.000,00. Como o maior pacote de dados que podíamos adquirir era de ARS$3.300,00, tivemos que ir atrás de 2 “kioscos” para colocar crédito antes de começar a usar. Os “kioscos” são pequenas lojas que vendem absolutamente de tudo um pouco: chocolate, balas, cigarros, sanduiches, biscoitos, pães, carregadores de celular, revistas, todo tipo de bebidas e carga de celular.

Seguimos adiante para adquirir o nosso “kit antipropina”. Infelizmente a má fama da polícia argentina nos deixou preocupados com as eventuais abordagens que poderíamos sofrer nas estradas. Providenciamos ainda no Brasil as Luzes do Mercosul, uma verde do lado do motorista e outra vermelha do lado do carona, ambas na parte traseira do veículo (em que pese não tenhamos encontrado em lugar nenhum a legislação acerca da sua obrigatoriedade). Compramos o que faltava: faixa refletiva vermelha com 1 metro na parte traseira do veículo, adesivo refletivo de velocidade, 2 triângulos, mortalha (lençol branco para o morto (isso mesmo! Risos), colete refletivo, kit de primeiros socorros e cambão (ARS$ 4.260,00 – R$106,50).

Partimos para a missão 4: lavanderia. Queríamos continuar a viagem com a roupa de cama, banho e nossa em dia, de modo a não nos preocuparmos com isso tão cedo. Deu certo, encontramos duas lavanderias com preços acessíveis e dividimos, uma com cobertores e a outra com o restante, ambas entregando no dia seguinte até a hora do almoço (ARS$1440 – R$36,00).

Animados que só, fomos para o mercado descobrir estavam os preços e abastecer a despensa, pois esvaziamos a casa para cruzar a fronteira e começaríamos nossa descida rumo ao Ushuaia. Dois detalhes importantes: os preços são infinitamente mais favoráveis do que no Uruguai; só que não podemos comprar muitas frutas, verduras, legumes e carnes, uma vez que existem barreiras fitossanitárias entre as províncias que proíbem a passagem com esses alimentos.

Exaustos, retornamos de noite para casa com todas as missões cumpridas com sucesso!

No dia seguinte, buscamos a roupa limpinha na lavanderia com sorriso de orelha a orelha. A sensação de casa limpa é uma das pequenas coisas que fomos aprendendo a valorizar cada vez mais.

Fizemos o backup dos arquivos de nossa aventura pelo Uruguai (não fazíamos ideia da trabalheira e tempo que esse tipo de organização consome!) e revisamos a rota que faríamos nos próximos dias, afinal teríamos mais de 3.300km pela frente até o Ushuaia – Fim do Mundo.

Tudo o que não gostaríamos de fazer, decidimos arriscar: ir para cidade grande. Decidimos passar em Buenos Aires para tentar comprar alguns equipamentos que sentimos bastante falta em nossa jornada. De qualquer forma, não dormiríamos por lá. Teríamos que ser cirúrgicos em nossa passagem pela capital.

Quer acompanhar de pertinho essa aventura?! Corre lá no Instagram @sonhandoacordadobr.

lapa dos mercadores 2024 Sonhando Acordado - Argentina: Hermanos, chegamos!

Jogador Paulinho e Carnaval carioca são homenageados pela Câmara do Rio

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A Câmara Municipal do Rio homenageou atitudes contra intolerância religiosa no Rio. O jogador, da Seleção Brasileira, Paulinho recebeu a Medalha Pedro Ernesto, a maior honraria da casa, por mostrar ao mundo não ter medo de assumir a sua fé ao fazer uma reverência ao orixá Oxóssi durante as olimpíadas de Tóquio.

A medalha foi concedida pelo vereador Átila Nunes (PSD).

Além do atleta, receberam o título de cidadão honorário do Rio os carnavalescos da Grande Rio Leonardo Augusto Bora e Gabriel Haddad. A escola de Duque de Caxias venceu o Carnaval com o enredo sobre Exu, contribuindo para a luta ao preconceito religioso ao desconstruir a imagem estereotipada do orixá, cultuado por religiões afro-brasileiras.

Ao receber a homenagem, Paulinho falou da luta pela liberdade religiosa.

“Desde pequeno, eu sempre escutei que a religião afro-brasileira era direcionada para o mal, mas eu tinha exemplos dentro de casa e não era bem assim. Eu segui firme, aprendendo, buscando informação, conhecimento sobre essas religiões as quais eu me sinto muito honrado e muito feliz de cultuar. Hoje, eu fico muito feliz de estar fazendo parte desse momento e espero que a gente continue nessa luta contra o preconceito e contra o racismo religioso”, declarou Paulinho.

Os carnavalescos da escola de Duque de Caxias afirmaram que a vitória é uma conquista coletiva de todos que lutam contra o preconceito religioso.

“Essa homenagem nos enche de orgulho e coroa uma vitória coletiva, que tem muitas dimensões: a conquista do título inédito de campeã do carnaval pela Grande Rio é uma vitória do povo do Axé. Afinal, a escola contou para o mundo inteiro as potências de Exu”, declarou o carnavalesco Leonardo Augusto Bora.

Ao encerrar a cerimônia, marcada também pela emoção do jogador Paulinho ao ouvir uma mensagem enviada pelo Clube de Regatas Vasco da Gama, que o revelou para o mundo, o vereador Átila Nunes falou sobre a importante contribuição dada pelos homenageados na luta contra à intolerância.

“Tivemos este ano um carnaval de resistência, que reafirmou a liberdade religiosa ao contar ao mundo sobre os Orixás nesses dias de intolerância. Nada mais justo que homenagear aqueles que com suas ações reafirmaram a nossa causa para que tenhamos uma sociedade com mais liberdade religiosa”, disse o vereador.

A bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, que homenageou Oxossi no seu desfile, fez o esquenta da festa também dedicada ao Carnaval do Axé, sob o comando do mestre Dudu. Ele e o ator Demerson D Álvaro, que interpretou Exu durante o desfile da Grande Rio, também foram homenageados.

Boi escapa de rodeio em Angra dos Reis e assusta moradores da cidade

Um ditador popular brasileiro diz: “quem não é visto, não é lembrado “, e parece que os bois de Angra dos Reis levaram esse dito à sério demais. Na última quinta-feira, (02/06), moradores de Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense, foram surpreendidos com uma fuga de três bois que iriam participar de uma exposição agropecuária na cidade.

Os animais faziam parte da Expo Mambucaba 2022 e escaparam na hora do desembarque. De acordo com os organizadores da exposição, dois dos animais foram capturados logo após a fuga, mas um terceiro boi seguiu solto, circulando pelas ruas de Angra.

Nas redes sociais vídeos do animal circulando pela cidade viralizaram. Nos vídeos mostram o animal passando por cima das grades, assustado, e as pessoas tentando se proteger de qualquer acidente.

O boi conseguiu chegar a um dos acessos à Rodovia Rio x Santos, onde acabou sendo atropelado por um ônibus. O animal, infelizmente, acabou não resistindo ao acidente e morreu no local do acidente. Segundo os organizadores do evento, nenhum morador ficou ferido durante a fuga dos animais.

Vídeo: Reprodução/Internet

Prefeitura de Petrópolis volta a cobrar obrigatoriedade do uso de máscaras

O Comitê Científico da Prefeitura de Petrópolis, na Região Serrana, determinou a volta da obrigatoriedade do uso de máscaras na pontos da cidade, sendo eles em: escolas públicas e privadas e no transporte público da cidade.

O Comitê alega que a decisão foi tomada após o crescimento do número de casos relacionados a síndromes respiratórias agudas graves. Também foi recomendado o uso do equipamento em espaços fechados.

O prefeito da cidade, Rubens Bomtempo, afirma que apesar dos números de casos confirmados de covid serem baixos, a pandemia ainda não acabou, mas a preocupação da região é com agravamento de doenças respiratórias pela Covid-19. “Neste momento, a preocupação está voltada para as síndromes respiratórias que podem impactar nas portas de urgência e emergência do município, por isso o uso de máscaras é fundamental”, explica Bomtempo.

“Além disso, é de extrema importância que as pessoas se vacinem, tanto contra a influenza quanto a covid-19, pois já está provado que foi graças a vacinação que se tornaram raros os casos de agravamento da doença”, completa.

Um levantamento realizado pela Divisão de Imunização da Secretaria de Saúde revela que mais de 98% do público alvo da vacina contra a covid-19 já tomaram a primeira dose e 91% receberam a segunda. No caso da influenza, apesar da campanha ter iniciado em 4 de abril, até a última quarta-feira, (01/06), apenas 56% dos idosos foram imunizados com a vacina contra a gripe, assim como pouco mais de 27% das crianças menores de cinco anos. Totalizando todo o grupo prioritário, 40,04% foram imunizados contra a influenza.