Lenda do chamado “Funk das antigas”, Ronaldo Pimentel da Silva, o DJ Mamute, morreu nesta quarta-feira (15/06) no Rio de Janeiro. Aos 64 anos, a o funkeiro fluminense, tido por muitos como o inventor do ritmo em terras cariocas, o artista teve o falecimento comunicado numa rede social por Rafael Coimbra, cunhado do artista.

“Essa é uma nota que eu nunca gostaria de estar escrevendo, mas, infelizmente, com muito pesar e dor, informo para todos os amigos, colegas e seguidores que, na manhã dessa quarta-feira do dia 15 junho, nosso querido amigo e irmão, Ronaldo Pimentel da Silva, o DJ Mamute, nos deixou.”

Segundo informou o G1, Mamute passou mal na noite de terça-feira (14/06) e foi a um posto de saúde no bairro Engenhoca, divisa entre Niterói e São Gonçalo, na Região Metropolitana, sem falar com ninguém. Depois, voltou para casa mas continuou a se sentir indisposto.

Na manhã desta quarta, o artista voltou ao posto de saúde, mas morreu no caminho da unidade. Emocionado, o cunhado de consideração do DJ disse que tanto ele quanto a esposa – tida como uma irmã por Mamute – estão muito abalados.

Autor de montagens icônicas do funk nos anos 80 e 90, como “Homem Mau”, “Jack Matador” e “Big Mute”, o músico será enterardo nesta quinta-feira (16), às 11h, no Cemitério Maruí, em Niterói.

O relator da CPI da Intolerância Religiosa, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Átila Nunes ( PSD) vai oficiar o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos para acompanhar e intervir, se necessário, no caso da mãe que perdeu a guarda da filha de 14 anos após levá-la para participar de um ritual de umbanda, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A decisão da Justiça de Minas Gerais de afastar a mãe e recolher a adolescente em um abrigo municipal foi baseada no argumento do Ministério Público de que a mãe violou o direito da filha à liberdade religiosa e concordou com supostas práticas de lesões corporais na menina.

Para Átila Nunes, o caso mostra claramente que houve preconceito religioso, pois a decisão ignora a inexistência de laudos que comprovem com as lesões alegadas e está em desacordo com as leis brasileiras que asseguram aos pais o direito de definir a educação religiosa dos filhos menores.

“Não há menor possibilidade de afastar um filho da mãe se ela fosse católica ou evangélica. A Constituição garante o livre exercício da fé, mas sabemos que o desconhecimento e a demonização histórica de religiões de matriz afro-brasileira levam à decisões equivocadas como essa”, sustenta o relator da CPI.

O caso tem sido acompanhado também por entidades que atuam no combate ao preconceito religioso e racial.

O Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) inaugurou mais uma biblioteca dentro de uma unidade socioeducativa da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. Trata-se da biblioteca do recém-aberto Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (Criaad) Galeão, destinado a atender exclusivamente jovens do sexo feminino em cumprimento de medida socioeducativa de semiliberdade.

Toda a sistematização e organização do acervo foram realizadas por meio da coordenação de bibliotecas socioeducativas do Degase, cuja responsável é a bibliotecária Viviane Pinto. A nova biblioteca beneficiará todas as adolescentes que cumprirem medida socioeducativa no local e disponibiliza publicações de diversas temáticas, além de gibis e títulos voltados para temas de gênero, feminismo, literatura afrodescendente e literatura de periferia.

“Com estes espaços e a utilização contínua deles, incorporados às atividades das unidades, o Degase vem avançando e aumentando cada vez mais o público leitor entre os socioeducandos e alavancando novos projetos. Essa é uma conquista para todos nós, porque quando a educação acontece, toda a sociedade é beneficiada” – afirma o secretário estadual de Educação do RJ, Alexandre Valle.

O espaço oferecerá serviços como empréstimo de livros, atividades de incentivo à leitura e conta ainda com smart tv, jogos de tabuleiro e ar condicionado. Segundo a diretora da unidade, Deralcimere Barreto, o Projeto Político-Pedagógico (PPP) do Criaad prevê encontros semanais na biblioteca. A ideia é trabalhar, além da mediação de leitura, atividades de reforço escolar para apoiar o processo de aprendizagem, realizar mini saraus a cada três meses e uma sessão de cinema a cada 15 dias, para abordar diversos temas a partir do lúdico e do universo cinematográfico.

“Vamos estimular a leitura e incentivar o processo de ressocialização com o apoio de jogos, trabalhar a linguagem poética com os saraus e encorar a convivência que é fundamental para o processo socioeducativo“, explicou a diretora.

Para o diretor-geral do Degase, Victor Poubel, o investimento na estrutura do Degase, tanto com a abertura de novas unidades quanto de bibliotecas e espaços destinados às práticas pedagógicas, tem sido essencial para alcançar resultados que mantém a instituição como referência no sistema socioeducativo.

“A inauguração de uma biblioteca é motivo de grande comemoração para o Departamento, porque é impossível pensar em socioeducação e não incluir o acesso aos livros e atividades que estimulem o aprendizado e a ampliação do conhecimento. É isso que torna o jovem capaz de imaginar e construir novas possibilidades para sua vida“, comemorou o diretor-geral.

Próximas bibliotecas

As próximas unidades socioeducativas que terão suas bibliotecas inauguradas serão os Criaads Bonsucesso, Barra Mansa e Volta Redonda, com previsão de abertura ainda nos meses de junho e julho. Tanto as bibliotecas quanto as salas de leitura socioeducativas, além de sistema organizacional e serviços como empréstimos de livros, também oferecem continuamente oficinas para socioeducandos e atividades de incentivo à escrita e leitura, ministradas tanto pelas bibliotecárias do órgão, quanto por servidores ou por meio de voluntários e instituições parceiras.

Para os interessados em contribuir com a iniciativa, o Departamento aceita, continuamente, doações de livros para as bibliotecas das unidades, especialmente gibis, HQs, livros infanto-juvenis e de temáticas atuais (exceto livros didáticos ou com conteúdo violento) em bom estado. Para saber mais entre em contato pelo e-mail biblioteca@novodegase.rj.gov.br

No início da tarde desta quarta-feira, (15/06), a Defesa Civil do Rio interditou o prédio que foi atingido por uma caixa d’água tombada no Condomínio Leme II, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio. O acidente ocorreu nesta manhã e 30 apartamentos foram atingidos de alguma forma pelo acidente. 20 apartamentos ainda estão sendo avaliados.

O reservatório ficava em cima de uma casinha de manutenção e cedeu, arrancando partes da lateral do edifício de cinco andares.

O subsecretário de Defesa Civil, Rodrigo Gonçalves, explicou que pela construção não ter o método convencional com colunas, pilares e lajes foi preciso interditar todas as 20 unidades do bloco. “Se você mexer em uma parede de uma construção dessa você pode interferir em toda a edificação”, disse Rodrigo Gonçalves.

O Condomínio Leme II foi inaugurado em 2014 e faz parte do programa ‘Minha Casa Minha Vida”, do Governo Federal. Daniele Santos de Freitas, uma comerciante local, afirmou ao G1, que falta manutenção no condomínio. “Os prédios estão rachados. Quando lava em cima, molha embaixo. Dizem que é Minha Casa Minha Vida, não é: é ‘Minha Casa Minha Dívida” disse a comerciante.

Os edifícios foram construídos pela empresa Direcional Engenharia e a empresa alega que a caixa d’água foi fabricada por uma empresa terceirizada.

No acidente uma moradora foi ferida, Marcela Ferreira, de 31 anos, estava em casa quando foi atingida por escombros na perna. Ela foi atendida no local.

Investigação

A 36ª DP (Santa Cruz) vai investigar, além da lesão corporal, o crime de desabamento ou desmoronamento. O Código Penal prevê, no artigo 256, que “causar desabamento ou desmoronamento, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outro”. Tem pena de até quatro anos de reclusão, mais multa e se o crime for entendido como culposo (sem intenção), a pena cai para até um ano de prisão.

Aluguel Social

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), esteve no condomínio e disse que as famílias vão ser cadastradas pra receber aluguel social enquanto não puderem voltar para seus apartamentos. Paes afirmou que procurou pessoalmente a Direcional Engenharia, reforçou que a responsabilidade sobre o acidente é da construtora e afirmou que a prefeitura vai vistoriar todos os condomínios erguidos pela Direcional.